24.10.07

A internet ajuda na venda de livros

Quando li o artigo abaixo, que fala que a Internet beneficiou o mercado de livros impressos, a minha primeira reação foi de surpresa. Como isso aconteceu? Com o conhecimento disponível de graça (milhares de sites específicos, Google, E-Mule, Shareazza, etc), como a Internet ajudou na venda de livros? Por quê alguém ia pagar por alguma coisa que podemos achar de graça?!

Após refletir um pouco, comecei a analisar o meu comportamento. Antes da Internet, eu ficava sabendo sobre os lançamentos de novos títulos basicamente através de uma visita a livraria ou por uma resenha e/ou anúncio no caderno Ilustrada do Jornal Folha de São Paulo. Como não tenho amigos apreciadores de livros, as indicações eram raras, salvo quando estava na faculdade cursando algum curso de pós-graduação.

Com o advento da Internet tudo mudou. Visitando as livrarias virtuais, recebendo e-mails com lançamentos, participando de grupos de discussões e tendo acesso a artigos internacionais, fiquei sabendo e tive acesso não só aos lançamentos dos livros nacionais como internacionais (Viva a Amazon!). Hoje em dia, consigo também comprar livros que estão esgotados nas livrarias (Viva a Estante Virtual, um mega sebo de nova geração!). Qual a conseqüência disso? Compro muito mais livros hoje (mais do que consigo ler).

Agora, cuidado editoras e livrarias! Eu vim da geração do papel. Se um texto tem mais de três páginas, eu as imprimo para ler melhor. Gosto de rabiscar, anotar. Não gosto do monitor. Isso sou eu que tem mais de 30 anos. Conheço garotos, criados na era digital que pensam ao contrário. Preferem ler no monitor e detestam o papel. É para essa geração, os grandes compradores do amanhã, que as editoras e livrarias devem olhar. Acredito que, com o tempo, essa curva de crescimento da venda de livros impressos deva cair.

Surpresa! A internet beneficiou o mercado de livros
Fonte: Reuters22/10/2007

As previsões pessimistas de que a internet iria esmagar o setor de publicação de livros através dos leitores digitais e das vendas on-line de livros usados não se concretizaram.

A editora Penguin anunciou que a explosão no varejo on-line e nas vendas de livros usados não causou os prejuízos que ela havia previsto e que, de muitas maneiras, a internet acabou beneficiando as livrarias, funcionando como ferramenta de marketing, experimentação e aproximação com a próxima geração de leitores.

A editora, cujos autores incluem Alan Greenspan (ex-diretor do Federal Reserve), o romancista Nick Hornby e o chef Jamie Oliver, sentiu-se ameaçada pelas gigantescas casas de leilão on-line como a eBay, mas descobriu que, diferentemente do que acontece com a música, no caso dos livros as pessoas ainda querem os livros físicos.

"Muita coisa está acontecendo na indústria musical que não se repete no setor dos livros. Os consumidores não querem álbuns inteiros, apenas faixas. Mas querem livros inteiros, e não capítulos", disse a jornalistas esta semana o presidente e executivo-chefe da Penguin, John Makinson.

Ele disse que embora as vendas de livros usados, anunciados em sites de leilão on-line pouco após o lançamento dos títulos, ameacem as vendas das edições em capa dura e também das edições subseqüentes em capa mole, o impacto não tem sido tão grande quanto se previa.

Mídia eletrônica e negócios futuros – A editora Bloomsbury disse na semana passada que a mídia eletrônica é uma parte fundamental de seus negócios futuros, tanto que ela já fechou contratos de direitos com grupos como a Microsoft.

Na semana passada a Pearson, proprietária da Penguin, lançou o portal http://www.spinebreakers.co.uk, com resenhas de vídeo e audiolivros voltadas para adolescentes e administradas por eles.

"São nossos leitores no futuro", disse John Makinson, acrescentando que o Spinebreakers oferece insights estratégicos importantes sobre como os teens criam e compartilham informações sobre publicações na web.

Outro projeto da Penguin lançado este mês é um concurso de redação de romances, em conjunto com a Amazon e a Hewlett-Packard, que atraiu um manuscrito por minuto em seus primeiros dias. O vencedor, a ser escolhido pela Amazon no próximo ano, receberá um contrato de publicação e um adiantamento de 25 mil dólares.

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