29.10.08

Vamos prestar atenção no que o mestre fala

Fonte: HSM Inspiring Ideas

Michael Porter, autoridade mundial em estratégia empresarial, afirma que, embora as tecnologias mudem, a estratégia perdura para sempre. Com base nessa premissa, formulou cinco pontos essenciais para uma estratégia bem-sucedida.

1 - Os princípios subjacentes à estratégia devem ser duradouros. Não importa qual seja a tecnologia ou a velocidade das mudanças, se não houver barreiras ao ingresso no mercado, se os consumidores detiverem todo o poder, se a competição basear-se apenas no preço, então a internet não será importante e não será lucrativa.

2 - Uma estratégia sólida começa com a meta certa. A única meta capaz de sustentar a estratégia é o aumento da lucratividade. Se a empresa não partir dessa meta e não tentar atingi-la diretamente, logo será induzida a ações que porão a estratégia a perder. Se a sua meta for qualquer outra que não assegurar a lucratividade – p. ex., ser grande, crescer depressa, tornar-se líder em tecnologia –, a empresa enfrentará problemas.

3 - A estratégia deve ter continuidade. Não pode ser constantemente reformulada. Deve preservar o valor básico que a empresa deseja oferecer aos clientes e sempre levar em conta os clientes que deseja atender. É nesse posicionamento que a continuidade precisa ser preservada. Caso contrário, a organização terá dificuldades para compreender a estratégia e será difícil para os clientes conhecer-lhe a identidade.

4 - As empresas precisam ser mais esquizofrênicas. De um lado, devem assegurar a continuidade da estratégia; de outro, têm de se renovar constantemente.

5 - A direção estratégica e o aperfeiçoamento contínuo devem se reforçar mutuamente. A continuidade desses processos deve ser perfeitamente consistente. A capacidade de mudar sempre, e de maneira eficaz, é facilitada por uma continuidade de alto nível.

27.10.08

Refletindo sobre a vida

Ontem reli o livro clássico A Morte de Ivan Ilitch de Leon Tolstoi.

Interessante como obtive a mesma reação de quando eu o li pela primeira vez na minha adolescência. O autor, através do personagem Ivan Ilitch, nos leva a refletir sobre que tipo de vida queremos viver.

Num mundo inundado de livros de auto-ajuda, oferecendo soluções fáceis para melhorar a vida, a novela de Leon Tolstoi é uma leitura impactante que nos traz sentimentos e reflexões a respeito do que é realmente importante nessa vida.

Sugiro que todos leiam esse pequeno, mas poderoso livro.

23.10.08

5 Perguntas a Philip Kotler

Fonte: HSM Management nº 69

Lenda viva quando o assunto são estratégias de marketing, Philip Kotler é o autor do clássico Administração de Marketing (ed. Prentice Hall Brasil), atualmente em sua 12ª edição no Brasil. Entre seus títulos recentes estão Gestão de Marcas em Mercados B2B, Construção de Biomarcas Globais, Marketing Esportivo e Marketing no Setor Público (todos, ed. Bookman). O professor da Kellogg School, da Northwestern University, fala a seguir sobre os maiores desafios do marketing atual e como vencê-los.

Quais são os principais desafios que os gestores de marketing enfrentam nos dias de hoje?

É cada vez mais difícil chegar até as pessoas, conseguir um nanossegundo da atenção delas. Outro desafio é comprovar o retorno do investimento:qual a eficácia de um comercial de 30 segundos? E da mala direta? Também ficou mais complicado nos diferenciarmos daqueles que copiam nossos produtos. Há uma crescente "comoditização" da ofertae, por isso mesmo, o cliente decide pelo preço.

Mensagem criativa e grandes investimentos em publicidade já não ajudam muito nesses desafios. Que estratégias de marketing podem ajudar?
Podemos olhar para as empresas vencedoras. Uma boa estratégia é cobrar o menor preço e oferecer grande valor, como fazem Wal-Mart, Costco, Ikea e Southwest Airlines. Elas encontraram formas inovadoras de baixar os custos operacionais e, com isso, puderam reduzir o preço final -há muitos produtos que as pessoas compram em função do preço. Outra estratégia vencedora é oferecer produtos de qualidade excelente, os melhores de sua categoria. Os automóveis da Toyota e os bdetergentes da Procter & Gamble são dois exemplos. Há, ainda, empresas que se distinguem por uma cultura da criatividade nos produtos, como 3M ou Sony.

Um modelo de negócio inovador pode ser, em si, uma proposta de marketing?
Certamente. Basta pensar no sucesso das livrarias com mesas e cadeiras para sentar-se e tomar um café, que funcionam como ponto de encontro entre amigos ou como local de palestras e shows.

Que características o marketing experiencial deve ter para ser eficaz?
No caso de um produto, o design desempenha papel importante, porque é vital que se leve em conta cada um dos passos na experiência de uso: desde o momento em que o cliente abre a embalagem de um computador, por exemplo, até quando lê o manual e liga a máquina. Se uma empresa vende roupas para prática de esportes ao ar livre, pode construir em suas lojas uma parede para escalar, para que o cliente experimente a roupa em situações reais.

Qual é a idéia de marketing mais atraente dos últimos tempos?
Gosto do buzz marketing, que é a recomendação boca a boca. Não que isso seja novo em si: vem de tempos imemoriais, quando a serpente disse a Eva que comesse a maçã e ela, por sua vez, sugeriu o mesmo a Adão. A novidade é que agora se trata de uma prática organizada. A Procter & Gamble, por exemplo, oferece amostras grátis de seus novos produtos a centenas de mulheres, com a condição de que os divulguem entre suas amigas se gostarem deles e que os esqueçam se não gostarem.

17.10.08

Livro Liderando Mudanças



Para quem precisa implementar mudanças nas suas empresas, sugiro a leitura do livro Liderando Mudanças de John Kotter. O autor é um dos maiores especialistas do mundo em liderança nos negócios. O livro já é um clássico sobre o assunto.

A seguir as 8 etapas da criação de uma grande mudança apresentadas pelo autor:

1 - ESTABELECIMENTO DE UM SENSO DE URGÊNCIA

2 - CRIAÇÃO DE UMA COALIZÃO ADMINISTRATIVA

3 - DESENVOLVIMENTO DE UMA VISÃO E ESTRATÉGIA

4 - COMUNICAÇÃO DA VISÃO DA MUDANÇA

5 - COMO INVESTIR DE EMPOWERMENT OS FUNCIONÁRIOS PARA AÇÕES ABRANGENTES

6 - REALIZAÇÃO DE CONQUISTAS A CURTO PRAZO

7 - CONSOLIDAÇÃO DE GANHOS E PRODUÇÃO DE MAIS MUDANÇAS

8 - ESTABELECIMENTO DE NOVOS MÉTODOS NA CULTURA

8.10.08

Um livro espetacular

O que leva uma empresa ao alto desempenho?

Gestores de empresas do mundo todo buscam a resposta para essa pergunta. Afinal, quem não quer saber o segredo para o sucesso?

Sabendo da demanda por essa resposta, surgiram no mundo dos negócios os livros de “auto-ajuda” para empresas do tipo: “aprenda os segredos das grandes empresas e aplique-os à sua”; “seis passos para a grandeza”; “o segredo para o sucesso”; etc.

Também cresceu a indústria das consultorias com as suas fórmulas prontas, gurus do management como C. K. Prahalad, Gary Hamel, Ram Charan, e os segredos dos líderes empresariais tais como Jack Welch, Bill Gates e Steve Jobs.

Para combater essa indústria das “respostas fáceis”, surgiu o ótimo livro Derrubando Mitos de Phil Rosenzweig. Eleito como um dos melhores livros de negócios de 2007 pelo Financial Times, a obra proporciona uma leitura prazerosa, é bem escrita e altamente relevante.

Rosenzweig demonstra que as várias “metodologias” usadas pela gurulândia para montar suas histórias épicas (e recomendações no mesmo estilo) sobre empresas “excelentes” são inconclusivas e, muitas vezes, até falsas.

O livro não apresenta fórmulas para avanços revolucionários, segredos e soluções rápidas, mas contribui para que o gestor, como líder, pense criticamente sobre essa indústria de fórmulas prontas.

Sugiro que todos leiam este livro para estimular um senso crítico e levantar o nível do pensamento empresarial.


Em abril de 2007, eu publiquei integralmente nesse blog, um texto do autor publicado pela Mckinsey. O artigo foi originado do livro. Quem quiser lê-lo (está em inglês), clique nos links abaixo:

Parte 1

Parte 2

6.10.08

Explicando a crise financeira mundial atual

Autor desconhecido. Enviado pelo meu chefe, José Eduardo.

"É assim ó:

O seu Bilauu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender
Cachaça "na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase
todos desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço
da dose da branquinha (a diferença é o sobre preço que os pinguços
pagam pelo crédito).

O gerente do banco do seu Bilau, um ousado administrador formado em
curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar
constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro
ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.

Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais
recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS
ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o
que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de
capítais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F,
cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu
Bilau ).

Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos
sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os bêbados da Vila Carrapato não têm
dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Bilau vai à falência. E
toda a cadeia vai para o brejo."

1.10.08

De onde vem a criatividade?

Denise Bragotto* - www.hsm.com.br

Saiba como estimular seu potencial criativo e fazer a diferença no mercado de trabalho

Cada vez mais aumenta a compreensão do valor da criatividade em todos os contextos. O dramaturgo francês Molière certa vez contou a história de um homem que perguntou o que era prosa e espantou-se ao descobrir que falara em prosa a vida inteira. Ocorre o mesmo com a criatividade. Muita gente ainda a considera como um atributo misterioso e concedido a uns poucos indivíduos privilegiados, no entanto, todas as pessoas são capazes de acionar o seu potencial criativo.

É importante que as empresas compreendam que criatividade não é um dom pessoal, mas uma capacidade que pode e deve ser desenvolvida. Essa é a primeira barreira a ser ultrapassada, pois impede o acesso a milhares de novas idéias latentes em seus colaboradores. Ser inteligente não basta, é preciso conectar idéias de forma original para fazer a diferença no mercado. As empresas que compreendem isso já deram um passo à frente.

Por isso, é essencial ter uma cultura que estimule o desenvolvimento da criatividade. As empresas devem valorizar as tentativas e não se apegar somente aos resultados imediatos porque criatividade implica assumir riscos. Na verdade, ser criativo envolve várias dimensões: intuição, afetividade, inteligência e razão.

A história traz exemplos bizarros a respeito da inspiração. Isaac Newton produziu a lei da gravidade após observar uma maçã caindo em seu jardim; o poeta Hart Crane se inspirava ouvindo músicas; Mozart fazia ginástica; e Kant trabalhava na cama enrolado em lençóis de uma maneira inventada por ele mesmo. Se tomarmos a inspiração como um estímulo à atividade criadora, poderemos verificar a importância da observação. Nem sempre um bom observador é criativo, mas diria que o criativo é sempre um bom observador. Você pode enxergar o que todos vêem, mas interpretar de uma forma diferente usando a idéia que surge desse estímulo para a criação de algo novo. Outros elementos também são importantes no processo criativo como o uso do humor, a ousadia e a paixão.

O envolvimento com a tarefa é o combustível que alimenta as possibilidades que à primeira vista parecerem impossíveis. Se encararmos um fato como desafiador e não destruidor tenderemos a reagir de forma positiva e criativa. A criatividade tende a aumentar também quanto temos consciência da nossa própria capacidade criativa e do quanto fazemos uso dela.

Há muitas maneiras de incentivar a criatividade, mas de forma prática, estimulamos a criatividade quando:

- Estamos envolvidos num projeto,
- Damos liberdade de criação e encorajamos a expressão de idéias;
- Aceitamos as diferenças de cada indivíduo;
- Olhamos as questões sobre diferentes óticas;
- Ouvimos sem julgamento prévio;
- Incentivamos a expressão criativa, a ousadia;
- Ensinamos a resolver problemas e a tomar decisões;
- Somos um modelo positivo para nossos pares.

* Denise Bragotto – É consultora do IDORT/SP, doutora em psicologia da criatividade.


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