1.6.11

Rompa com o comum

A inovação de ruptura, conceito defendido por Clayton Christensen, professor de management da Harvard Business School, mostra que baixo preço e acessibilidade aumentam a possibilidade de sucesso de novos produtos ou serviços. Leia mais!


O que fitas de clareamento dental, educação à distância e lavagem a seco em casa tem em comum? Todos estes produtos e serviços são citados por Clayton Christensen, professor de management da Harvard Business School, como exemplos de inovação de ruptura. Para ele, tudo que gera um movimento de acessibilidade para um número maior de pessoas faz parte desta modalidade de inovação.


Como exemplo, Christensen cita dois produtos lançados pela Procter & Gamble que tem como perfil ‘o faça você mesmo em sua casa’. O primeiro é um produto que possibilita a lavagem caseira a seco, tirando a necessidade de ir à lavanderia.


Clayton explica que, ao perceber a demanda pelo serviço, a empresa criou um sistema que possibilita acesso à lavagem a seco, sem sair de casa. “Antes as pessoas tinham que se deslocar de suas casas para deixar a roupa que deveria ser lavada. Na lavanderia o complexo processo custava caro, além disso, o consumidor tinha que ir novamente retirar sua roupa, com a inovação este caminho foi substituído por algo bem mais simples”, explica.


No caso das fitas de clareamento dental, o professor explica que, com um produto simples, comprado no supermercado e usado todas as noites antes de dormir, a Procter & Gamble levou à milhares de pessoas a possibilidade de obter um resultado antes feito pelo dentista com um custo altíssimo.Os conceitos de inovação de Christensen são divididos em três tipos:


• Inovação de Sustentação – tem como objetivo sustentar um negócio já existente no mercado.


• Inovação de Ruptura – tem como característica transformar produtos e serviços complexos em outros mais acessíveis para a população.


• Inovação de Modelo de Negócio – Visa principalmente a adesão de novos clientes.


Entre os três modelos, a Inovação de Ruptura é a mais abordada atualmente, já que traz a ideia de acessibilidade, preços mais baixos e sugere maior possibilidade de sucesso em um negócio,. A ideia vem do fato de que as pessoas procuram cada vez mais tecnologia e serviços, porém buscam também praticidade e economia.


“Toda empresa, em qualquer segmento está sujeita a ruptura”, diz Christensen, sugerindo duas formas pelas quais as inovações de ruptura podem acontecer. Na primeira, uma empresa de menor porte explora o mercado que sua concorrente não está interessada. O fato é que, na maioria das vezes, a pequena empresa acaba se aproximando da grande e concorrendo diretamente com ela, com a vantagem do menor preço.


No segundo modelo, a companhia explora um mercado ainda não consumido e expande sua participação por meio de produtos de baixo custo e com facilidade de uso. Segundo Christensen, o Brasil conta com um enorme mercado potencialmente consumidor que pode ser vislumbrado pelas empresas dos mais diversos segmentos.


No momento de lançar um produto ou serviço no mercado, é preciso checar antes o que de fato as pessoas estão necessitando. “São três categorias de atenção: categoria de produtos a fim de encontrar um nicho de mercado; categoria de consumidor, que pode ser explorado por faixa etária, por exemplo; e o que as pessoas estão tentando fazer, mas ainda encontram barreiras”, explica Christensen.


O lançamento de um produto de menor custo já explorado por outra empresa, deve ser visto com um atenção especial. Christensen aconselha a abertura de um novo negócio, para não haver problemas com o já instituído.


Ruptura necessária


O conceito de Inovação de Ruptura tem como direção a globalização, fator que dissemina produtos e serviços numa velocidade muito alta. A principal característica da ruptura é dar condições de acesso a um produto ou serviço, antes muito caro e/ou complicado. Uma empresa para praticar a ruptura tem que, antes de mais nada, simplificar um processo para a sociedade.


E esta simplificação pode começar pela inovação tecnológica, muitas vezes imprescindível neste processo de ruptura. A internet, por exemplo, é um modelo clássico de ruptura. “O Google revolucionou a propaganda. Hoje você pode fazer sua própria publicidade”, diz Christensen. “Para lançar uma inovação de ruptura com sucesso é preciso olhar para as pessoas e perceber suas necessidades, só assim se criam produtos ou serviços que realmente farão parte do dia a dia das pessoas”, completa Christensen.


Fonte: Portal HSM

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