12.6.08

Divergência e microtendências

Eu sempre defendi que o mundo, por natureza é divergente. Para quem está envolvido com TI, isso parece ridículo já que a moda é falar em convergência. Do ponto de vista tecnológico, a convergência é real; pelo mesmo cabo você pode assistir vídeo (youtube), navegar na Internet, fazer ligações (Skype), escutar rádios, etc. Em termos de negócio, a TV pela Internet, por exemplo, é apenas mais uma opção. A TV aberta, a cabo, parabólica, digital, etc, existem simultaneamente. A Internet não matou e não matará as outras. Este é apenas um exemplo.

Para acentuar essa tendência de divergência, veja o artigo abaixo sobre o fim das megatendências. Cada dia mais existirão diferentes produtos para atender as necessidades individuais de cada um.

A era das megatendências acabou
Fonte: HSM On-line - 11/06/2008


Para Mark Penn, especialista em pesquisas de mercado, a era das megatendências acabou. Os pequenos grupos tornaram-se poderosos e mudam a face da sociedade tal qual a conhecemos. “A maioria das previsões para o futuro são erradas, porque é necessário entender muito melhor o presente”, esclareceu.

Grupos pequenos podem revolucionar um negócio e as estatísticas do Brasil mostram o desenvolvimento de novos mercados. “É uma economia de um trilhão de dólares, baseada em coisas que, antes, eram impensáveis. Os idosos são em maior número, há um crescimento grande no número de consumidores, casais adiam a chegada dos filhos e tornam-se uma classe média que se expande, 45% das mulheres trabalham. Há uma explosão de microtendências no Brasil.”

Penn alerta: “A sociedade é uma massa enorme de contradições. Para cada tendência, há uma contra-tendência”. Para cada grupo mais religioso, há um grupo que fala mais de ciência, por exemplo. O que acontece é que esses extremos tornam-se grandes o suficiente para se tornarem mercados.

Para o estudioso, as sociedades que privilegiam as microtendências são aquelas que privilegiam a individualidade. “Os marketeiros devem pensar em como produzir para o consumidor que quer customizar seu produto ou fazer como a Starbucks, que customiza para ele”, recomenda Penn.

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