13.12.10

Procura-se: empresas e profissionais inovadores

Segue um pequeno texto sobre inovação escrito pelo profissional que aprendo a admirar cada vez mais, professor Carlos Arruda da FDC.

Procura-se: empresas e profissionais inovadores
22/06/2009 - Fonte: www.fdc.org.br
por Carlos Arruda - Professor e Coordenador do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral.

As empresas mais sintonizadas com o futuro e as novas perspectivas de mercado estão, constantemente, incorporando novos conceitos, valores e estratégias em suas gestões, o que não só as coloca à frente nos seus segmentos de mercado como amplia seus horizontes de negócios. Assim, entre as perspectivas futuras das organizações, cresce, cada vez mais, a preocupação com a inovação e a sua capacidade de inovar, ao lado de outras estratégias como o desenvolvimento de lideranças ou a inserção de conceitos como sustentabilidade e responsabilidade social ao negócio.


Nesse contexto, os executivos têm feito diversas indagações: como inovar? Em que inovar além da introdução de novos processos, produtos e tecnologias? Como preservar a capacidade de inovação das empresas? Como tornar inovação um processo sustentável? Como combinar o resultado de curto prazo com investimentos em inovações que prometem – mas não garantem – resultados futuros?


Inovar é um esforço coletivo de transformar idéias, oportunidades e problemas em algo diferenciado. Isto é o que Schumpeter chamou de "combinações novas". Ou seja, devemos nos perguntar, todos os dias, o que deveríamos fazer que nós não sabemos que devemos fazer. É preciso travar uma busca constante pelo novo e, para isso, muitas vezes, é necessário repensar a forma de se conceber o próprio negócio, desconstruindo os velhos conceitos para que se possa perceber as novas perspectivas.


Porém, inovar não é tão simples quanto possa parecer. Apesar de se ter consciência da sua importância, são poucas as empresas que têm inovação como uma estratégia ou como um processo em seu dia-a-dia. Dessa forma, essa questão representa hoje um dos maiores desafios das organizações, pois a maioria delas foi concebida para gerar resultados de curto prazo buscando, sempre que possível, mais eficiência e evitando incertezas e riscos.


Já a busca pela inovação acontece no sentido contrário, pois se trata de um desafio de longo prazo que, geralmente, pressupõe lidar com o desconhecido e envolve investimentos que podem não gerar retornos imediatos. Nesse sentido, as empresas precisam implementar uma cultura pró-inovação, devendo inclusive ser concebida como um dos objetivos estratégicos da organização.


Em outras palavras, as lideranças precisam criar ambientes propícios à criação de idéias, nos quais se reduzam ao máximo restrições que possam impedir ou inibir a criatividade individual. Tais ambientes devem fazer com que os funcionários se sintam instigados e livres para gerar novos conhecimentos, sempre em busca de inovações e sem medo de punições ou repreensões.


Outro passo importante é fazer com que o processo de inovação torne-se organizacional. Ele deve fazer parte da gestão da empresa como um todo e não ser apenas uma iniciativa individual que se concentra na mão de um ou mais indivíduos “iluminados” ou “criativos”. Esta é a formula para o fracasso. Inovação requer diversidade, aprendizado e muito trabalho em equipe.

Nenhum comentário:

Related Posts with Thumbnails