Confrontando a realidade
Venho observando durante alguns anos como as organizações estão vivendo num mundo bem longe da realidade. Muitas vezes, ainda sob a sombra de um passado glorioso, os líderes das corporações preferem se vangloriar dos grandes feitos do que confrontar a realidade dos novos desafios. Tem casos em que números e ações são enaltecidos (ou até mesmo criados) para justificar a existência de cargos ou até mesmo departamentos. “Enfeitar” os números não dá uma visão correta do que está acontecendo. Líderes arrogantes e ditatoriais não aceitam um “não” como resposta. Normalmente os subordinados “filtram” a informação para não serem rechaçados.. A política de matar o mensageiro da má notícia em vez do causador do problema é uma prática ainda vigente em muitas empresas. A arrogância de muitos executivos de não admitirem que seus planos estavam incorretos e que é preciso modificá-los, faz com que a empresa trilhe um longo caminho errado antes de corrigir sua trajetória.
Confrontar a realidade parece uma simples tarefa mas não é. Muitas empresas tem aquelas pessoas que são referenciados como os grandes conhecedores do mercado. Todos os escutam. Eles tem “autoridade” para isso. Infelizmente esses grandes estudiosos do mercado muitas vezes não se embasam em fatos e dados reais mas sim apenas na percepção pessoal. Quando se descobre que estava errado, bom, o estrago já foi feito. Para desenvolver uma cultura de em prol da realidade as empresas precisam: - Desenvolver líderes comprometidos com a busca da realidade e que tomem decisões baseadas em dados e fatos (intuição é importante, mas a grande maioria das decisões do dia-a-dia nas empresas devem ser baseadas em informações corretas);
- Desenvolver a humildade (nós somos humanos, erramos, agora vamos concertar). Pessoas com superegos dificilmente aceitam que cometeram erros;
- Incentivar o diálogo entre líderes e subordinados;
- O presidente deve escutar os funcionários mais simples e aqueles que ficam frente a frente com o cliente.
As margens para erros está cada vez menor. Muitas vezes mudar a trajetória antes dos seus concorrentes pode ser decisivo. Para isso as empresas precisam estar atentas ao mercado e confrontar a realidade, mesmo não sendo uma tarefa fácil.
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