Gostei do texto abaixo da equipe do Madia (o papa do marketing brasileiro). Mostra o poder de trannformação das organizações. Mostra também que a estratégia está em constante mudança, principalmente em tempos turbulentos como esse agora em que vivemos.
A caminho de BUENOS AIRES e com o objetivo de abrir uma loja “FIVE AND TEN CENTS” – só produtos entre 5 e 10 centavos -, JOHN LEE, GLEN MATSON, JAMES MARSHALL e BATSON BORGER, conheceram no navio em que viajavam os brasileiros AQUINO SALES e MAX LANDESMAN que os convidaram a conhecer o RIO DE JANEIRO – que além das belezas naturais, oferecia um filão de mercado único – funcionários públicos e militares com um rendimento estável. Desistiram de BUENOS AIRES e decidiram fincar a primeira loja ali mesmo, a 1ª. LOJAS AMERICANAS, no ano de 1929, e com o positioning statement, “NADA ALÉM DE 2 MIL RÉIS”. Conta a história, ou a lenda, que a primeira cliente a entrar na loja foi uma menina encantada com uma boneca exposta na vitrine...
Nesses 80 anos foram dezenas de movimentos, de compras, aquisições, desmembramentos, até que em 1982 o trio de investidores principais do GRUPO GARANTIA colocou seus pés na AMERICANAS. Depois de negócios com o WALMART e de tentações no território dos supermercados, o grupo decidiu-se concentrar num único modelo de negócios, e, em paralelo, 1999, abrindo uma tremenda vitrine no mundo virtual, no comércio eletrônico.
Em 2003 a decisão de crescer sob dois formatos distintos. As lojas convencionais e grandes, e as lojas EXPRESS. Naquele ano foram inauguradas 13 lojas convencionais, e as 3 primeiras EXPRESS – lojas voltadas para a clientela de vizinhança. Em 2007 a compra da empresa detentora da marca e dos pontos de venda BLOCKBUSTER, possibilitando um crescimento instantâneo em sua rede com mais 127 lojas.
Agora, um novo salto. Um plano de investimento totalizando R$ 1 bilhão entre 2010 e 2013, com o objetivo de abrir mais 400 pontos de venda, convertendo-se na primeira rede de varejo com atuação em todos os estados brasileiros. Hoje a AMERICANAS já está presente em 22 estados e 146 municípios, e com o novo plano terá sua marca presente em mais 200 novas cidades, com ênfase nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Ao contrário do que se imaginava, a expansão privilegia o modelo convencional, de certa forma o mesmo modelo que os americanos trouxeram para o Brasil, e que converteram-se no ponto de encontro de algumas das principais cidades brasileiras, nos anos 50 e 60, quando ainda não existiam os shopping centers. Das 400 novas lojas, 70% adotarão o modelo clássico/convencional – 1,3 mil a 1,5 mil metros quadrados de áreas de venda, e 30% dentro do formato AMERICANAS EXPRESS.
Assim, e ao completar seus primeiros 80 anos, a AMERICANAS continua cultivando seu compromisso com a permanente atualização, componente única que garante a empresas e MARCAS, a perspectiva de ambicionarem a imortalidade. Felizes, tumultuados, agitados e prósperos 80 anos.
Quem for montar um estabelecimento comercial que envolve alimentação ou for lançar produtos alimentícios no mercado, vale a pena pensar nas três grandes tendências levantadas pela Accenture. De acordo com a consultoria o consumidor procura:
Os shoppings como mídias, conforme a notícia abaixo, é uma tendência que podemos notar hoje em dia. Na cidade de São Paulo, onde os anúncios em ambiente público foram regulamentados (outdoors, fachadas de lojas, cartazes, etc) o uso dos shoppings como mídia cresceu ainda mais. Vale aqui uma ressalva: A idéia é boa mas não pode haver abusos. Vale lembrar que o shopping center, além de ser um centro de compras é também um centro de lazer. Apesar de ser contraditório, no nosso tempo de lazer não gostamos de ser bombardeados toda hora com propagandas e ações mercadológicas que nos incitam a comprar, comprar, comprar. A poluição visual também é um problema.
A necessidade, cada vez maior, dos anunciantes se aproximarem dos consumidores e a tendência de pulverizar ações em diversas mídias abriu uma oportunidade para os shoppings centers. De acordo com a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), o merchandising nos centros de compras cresceu 46,8% em 2008.
O aumento na demanda por mídias em shoppings tem várias explicações. Uma delas é o perfil do consumidor que circula nesses locais: 93% das classes A, B ou C, segundo a Abrasce. Ou seja, quase 100% das pessoas têm intenção e condição de comprar. Além disso, o consumidor passa um tempo grande circulando pelos corredores dos malls, em média 73 minutos. Soma-se ainda o fato de que 81% dos consumidores decidem a compra no ponto-de-venda.
A Ancar Ivanhoe, composta por 16 empreendimentos – próprios e de terceiros –, entre eles o Shopping Eldorado (SP) e Rio Design Barra e Rio Design Leblon (RJ), é uma das empresas que festeja os números do ano passado. De acordo com Alex Dumbrosck, diretor de advertising in shopping da Ancar, a locação de mídia pela rede gerou uma receita de R$ 41 milhões para os empreendedores em 2008.
Para ele, o setor deve crescer ainda mais, sempre impulsionado pela mudança no comportamento do consumidor e o questionamento das mídias tradicionais. “A mídia out of home vem ganhando espaço porque as marcas buscam novos formatos de contatos com o consumidor. O shopping ganha destaque maior por causa de leis como a Cidade Limpa (SP), que geram necessidade de substituição. Temos nos apresentado como boa alternativa para isso. Temos o ponto-de-venda no local, temos as lojas que vendem o que está sendo divulgado. Temos ainda um consumidor com intenção de compra e com bastante tempo, propício a receber mensagens”, enfatizou Dumbrosck.
A Multiplan, maior empresa de shopping centers do Brasil em faturamento – que tem na sua carteira Morumbi Shopping (SP), Anália Franco (SP), Barra Shopping Sul (RS), entre outros –, registrou crescimento de 41,8% em merchandising em 2008, totalizando R$ 38,1 milhões em receitas.
Para Dumbrosck, as mídias podem agregar valor ao shopping quando usadas corretamente. “Há uma restrição conforme o posicionamento. Nem todo tipo de comunicação e nem todo o tipo de anunciante podem estar em qualquer lugar. Temos o cuidado de trazer algum valor agregado para o consumidor, que gosta de estar informado, de ver modernidade e um estande bonito. O importante é que a experiência no shopping seja agradável”, concluiu o executivo.