25.12.09

Elaborando a Missão de uma empresa

Estamos de volta!

Nossa, estava com saudade de postar no blog. Espero que tenham aproveitado muinto o Natal e Ano Novo.

Vamos começar.
Recentemente, eu elaborei um material bem simples para auxiliar os executivos da empresa onde trabalho a definirem a Missão da empresa. Abaixo, transcrevo esse trabalho que foi muito útil.

A missão é a expressão da razão de existência da organização. É a função que ela desempenha no mercado, de modo a tornar útil sua ação, justificar seus lucros do ponto de vista dos acionistas e da sociedade em que atua. Ela é uma declaração de propósitos ampla e duradoura que individualiza e distingue a organização em relação a outras no mesmo ramo de negócio.

A declaração da missão deve ser sintética e de fácil compreensão. No entanto, precisa conter as referências principais que nortearão as definições estratégicas da organização. Na formulação da missão, devemos responder as perguntas básicas:

Qual o negócio da organização?
Qual é o seu cliente?
Qual o escopo da organização?
Qual a sua vantagem competitiva?
Qual a sua contribuição social?

Segundo Drucker (1992), elaborar a missão da empresa é difícil, doloroso e arriscado, mas só assim se consegue estabelecer políticas, desenvolver estratégias, concentrar recursos e começar a trabalhar. Só assim uma empresa pode ser administrada, visando a um ótimo desempenho.

A definição de missão envolve aspectos mais amplos que o lucro da organização. O conceito de mercado considerado na missão deve ser referente às demandas genéricas da sociedade. A missão busca satisfazer demandas por energia, abrigo, comunicação, alimentação, transporte, entretenimento, saúde, etc.

A declaração de missão da organização é um chamamento genérico para a ação. A missão corresponde à causa pela qual se deve lutar. Ela só é eficaz quando consegue definir uma individualidade da organização ou uma personalidade própria para o negócio, e quando é estimulante, inspiradora e revitalizaste para todos os seus stakeholders.

Exemplos de Missão:

Petrobras - Atuar de forma segura e rentável, com responsabilidade social e ambiental, nos mercados nacional e internacional, fornecendo produtos e serviços adequados às necessidades dos clientes e contribuindo para o desenvolvimento do Brasil e dos países onde atua

Sony - Experimentar a diversão da inovação e aplicar a tecnologia para o benefício e prazer das pessoas

Vale - Transformar recursos minerais em riqueza e desenvolvimento sustentável

Ambev - Disponibilizar para o mercado as melhores marcas, produtos e serviços que possibilitem a criação de vínculos fortes e duradouros como nossos consumidores e clientes

Sadia - Alimentar consumidores e clientes com soluções diferenciadas

Philips - Fazendo cada vez melhor

Walt Disney - Fazer as pessoas felizes

HP - Oferecer contribuições técnicas para o progresso e bem estar da humanidade

IBM Global Business Services - Envolver-se colaborativamente com nossos clientes e atacar seus mais complexos problemas de negócios

Por que a declaração da missão é importante?

- Ela afasta o risco de buscar propósitos conflitantes, evitando desgastes e conflitos durante a execução do plano estratégico;

- Ela ajuda a concentrar esforços das pessoas para uma direção, ao explicitar os principais compromissos da organização;

- Ela fundamenta a alocação dos recursos segundo regras gerais apresentadas pela missão;

- Ela embasa a formulação das políticas e a definição dos objetivos organizacionais. Se vocês quiserem saber mais sobre Missão e Visão, cliquem AQUI.

Fontes: Livro Estratégia de Empresas, diversos autores (FVG) e Planejamento Estratégico, Idalberto Chiavenato e Arão Sapiro (Campus).

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Férias do blog


Caros leitores,
Entrarei de férias do blog. Infelizmente apenas do blog, já que minhas outras atividades continuam normalmente.

Volto a postar dia 25 de janeiro.
Grande abraço a todos e Feliz 2010.

23.12.09

Feliz Natal e um 2010 muito Feliz


Caro leitor,

Desejo a você um Feliz Natal e um ano novo repleto de felicidades.

Como forma de agradecimento, publico para você um lindo poema da Cecília Meireles.

Flávio Augusto

A Arte de Ser Feliz
Cecília Meireles

Houve um tempo em que minha janela se abria

Sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era época de estiagem, de terra esfarelada,
E o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
E, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caiam de seus
Dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Ás vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Ás vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
Que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
Outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
Finalmente, que é preciso aprender olhar, para poder vê-las assim.

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21.12.09

Livros lidos em 2009

Já virou tradição nesse blog publicar a relação de livros que li durante o ano. Em 2007, quando comecei a anotar os títulos dos livros lidos, foram 19, em 2008 foram 29 e nesse ano foram 21. Novamente vários livros foram muito ruins, a maioria mediana e alguns poucos excelentes. Abaixo publico a relação de todos eles.

Nesse ano voltei a ler uma paixão antiga que são os quadrinhos. Também li poesia, mas definitivamente, esse não é o meu forte. A exceção ficou por conta dos poemas da Cora Coralina que me marcaram muito. Como vocês também perceberão, li pouco sobre negócios. Cada dia acredito mais que, para entender de negócios, devemos buscar estudar psicologia, filosofia e história.

01 - A Execução Premium (negócios;muito bom)
02 - Como Proust pode mudar a sua vida (filosofia;bom)
03 - O livro das respostas (religião;bom)
04 - Quem sou eu? E, se sou, quantos sou? (filosfia;fraco)
05 - O segredo está no equilíbrio (auto-ajuda;fraco)
06 - Marketing de baixo custo e alto impacto (negócios;muito bom)
07 – Retalhos (quadrinhos;muito bom)
08 - Carta entre amigos. Sobre medos contemporâneos (filosofia e religião;bom)
09 - Minha vida Robert Crumb (quadrinhos;fraco)
10 - Col. Melhores poemas Cora Coralina (poesia;excelente)
11 - Previsivelmente irracional (negócios;muito bom)
12 - A Felicidade revisitada (monografia;muito bom)
13 - Estórias gerais (quadrinhos;bom)
14 - Fun home (quadrinhos;fraco)
15 - As vidas de Chico Xavier (biografia;muito bom)
16 - A Arte da vida (filosofia;muito bom)
17 - A Arte de viver Feliz (auto-ajuda;fraco)
18 - Bagagem por Adélia Prado (poesia;bom)
19 - Os prazeres e desprazeres do trabalho (filosofia;bom)
20 - Descubra seus pontos fortes (auto-ajuda;muito bom)
21 - A oração de São Francisco. Uma mensagem de paz para o mundo atual (religião;fraco)

22 - Seja Insensato (negócios;bom)

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18.12.09

Motivando Pessoas: Indo além do dinheiro

A consultoria McKinsey lançou recentemente um artigo intitulado Motivando Pessoas: Indo além do dinheiro.

O artigo mostra os resultados de uma pesquisa feita em junho de 2009. Foram 1.047 respostas de executivos, gerentes e funcionários em todo o mundo. Mais de 25% eram diretores ou presidentes das empresas.


A pesquisa ressalta a oportunidade das empresas de se utilizarem de três motivadores que não envolvem dinheiro. São eles: elogio dos gerentes imediatos, a atenção da liderança (exemplo: conversas um-a-um) e uma chance de liderar projetos ou forças-tarefa.

Foi apontado que esses motivadores não financeiros são até mais eficazes do que os três mais comuns incentivos que envolvem dinheiro: bônus em dinheiro, aumento da remuneração base e stock options.

McKinsey aponta que não poderia haver melhor momento para reforçar as abordagens mais custo-efetivas. Dinheiro como o motivador dominante está sob pressão em uma época de queda das receitas.

Clique na imagem para ampliá-la.
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16.12.09

Marcelo Cherto fala de Design Thinking durante a HSM ExpoManagement

Marcelo Cherto, presidente da Growbriz, é um profissional que venho acompanhando nos últimos anos e que admiro muito. Através dele fiquei sabendo de vários conceitos interessantes, entre eles Desing Thinking.

Veja no vídeo abaixo entrevista com o Marcelo Cherto, falando sobre esse assunto:







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14.12.09

Os 50 gurus de negócio

A casa editorial britânica Suntop Media, especializada em análise de negócios, é conhecida por realizar um ranking, a cada dois anos, dos maiores gurus do mundo dos negócios. Esse ano olha só o resultado:

Ranking

1 CK PRAHALAD (1)
2 Malcolm GLADWELL (18)
3 Paul KRUGMAN (-)
4 Steve JOBS (29)
5 W. Chan KIM & Renée MAUBORGNE (6)
6 Muhammad YUNUS (-)
7 Bill GATES (2)
8 Richard BRANSON (9)
9 Philip KOTLER (11)
10 Gary HAMEL (5)
11 Michael PORTER (4)
12 Ratan TATA (-)
13 Ram CHARAN (22)
14 Marshall GOLDSMITH (34)
15 S. (Kris) GOPALAKRISHNAN (-)
16 Howard GARDNER (39)
17 Jim COLLINS (10)
18 Lynda GRATTON (19)
19 Tom PETERS (7)
20 Jack WELCH (8)
21 Eric SCHMIDT (-)
22 Joseph STIGLITZ (-)
23 Kjell NORDSTRÖM & Jonas RIDDERSTRÅLE (13)
24 Vijay GOVINDARAJAN (23)
25 Marcus BUCKINGHAM (38)
26 Richard D'AVENI (46)
27 Rosabeth MOSS KANTER (28)
28 Clayton CHRISTENSEN (25)
29 Stephen COVEY (15)
30 Thomas FRIEDMAN (26)
31 David ULRICH (42)
32 Roger MARTIN (-)
33 Henry MINTZBERG (16)
34 Daniel GOLEMAN (37)
35 Chris ANDERSON (-)
36 Warren BENNIS (24)
37 Robert KAPLAN & David NORTON (12)
38 Jeff IMMELT (31)
39 Don TAPSCOTT (-)
40 Nassim Nicholas TALEB (-)
41 John KOTTER (30)
42 Niall FERGUSON (-)
43 Charles HANDY (14)
44 Rakesh KHURANA (45)
45 Manfred KETS DE VRIES (-)
46 Tammy ERICKSON (-)
47 Costas MARKIDES (44)
48 Barbara KELLERMAN (-)
49 Rob GOFFEE & Gareth JONES (32)
50 Jimmy WALES (-)

(2007 ranking in parêntese)


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11.12.09

80 Anos das Lojas Americanas

Gostei do texto abaixo da equipe do Madia (o papa do marketing brasileiro). Mostra o poder de trannformação das organizações. Mostra também que a estratégia está em constante mudança, principalmente em tempos turbulentos como esse agora em que vivemos.

AMERICANAS, 80 ANOS DEPOIS

Fonte: www.madiamundomarketing.com.br

A caminho de BUENOS AIRES e com o objetivo de abrir uma loja “FIVE AND TEN CENTS” – só produtos entre 5 e 10 centavos -, JOHN LEE, GLEN MATSON, JAMES MARSHALL e BATSON BORGER, conheceram no navio em que viajavam os brasileiros AQUINO SALES e MAX LANDESMAN que os convidaram a conhecer o RIO DE JANEIRO – que além das belezas naturais, oferecia um filão de mercado único – funcionários públicos e militares com um rendimento estável. Desistiram de BUENOS AIRES e decidiram fincar a primeira loja ali mesmo, a 1ª. LOJAS AMERICANAS, no ano de 1929, e com o positioning statement, “NADA ALÉM DE 2 MIL RÉIS”. Conta a história, ou a lenda, que a primeira cliente a entrar na loja foi uma menina encantada com uma boneca exposta na vitrine...

Nesses 80 anos foram dezenas de movimentos, de compras, aquisições, desmembramentos, até que em 1982 o trio de investidores principais do GRUPO GARANTIA colocou seus pés na AMERICANAS. Depois de negócios com o WALMART e de tentações no território dos supermercados, o grupo decidiu-se concentrar num único modelo de negócios, e, em paralelo, 1999, abrindo uma tremenda vitrine no mundo virtual, no comércio eletrônico.

Em 2003 a decisão de crescer sob dois formatos distintos. As lojas convencionais e grandes, e as lojas EXPRESS. Naquele ano foram inauguradas 13 lojas convencionais, e as 3 primeiras EXPRESS – lojas voltadas para a clientela de vizinhança. Em 2007 a compra da empresa detentora da marca e dos pontos de venda BLOCKBUSTER, possibilitando um crescimento instantâneo em sua rede com mais 127 lojas.

Agora, um novo salto. Um plano de investimento totalizando R$ 1 bilhão entre 2010 e 2013, com o objetivo de abrir mais 400 pontos de venda, convertendo-se na primeira rede de varejo com atuação em todos os estados brasileiros. Hoje a AMERICANAS já está presente em 22 estados e 146 municípios, e com o novo plano terá sua marca presente em mais 200 novas cidades, com ênfase nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Ao contrário do que se imaginava, a expansão privilegia o modelo convencional, de certa forma o mesmo modelo que os americanos trouxeram para o Brasil, e que converteram-se no ponto de encontro de algumas das principais cidades brasileiras, nos anos 50 e 60, quando ainda não existiam os shopping centers. Das 400 novas lojas, 70% adotarão o modelo clássico/convencional – 1,3 mil a 1,5 mil metros quadrados de áreas de venda, e 30% dentro do formato AMERICANAS EXPRESS.

Assim, e ao completar seus primeiros 80 anos, a AMERICANAS continua cultivando seu compromisso com a permanente atualização, componente única que garante a empresas e MARCAS, a perspectiva de ambicionarem a imortalidade. Felizes, tumultuados, agitados e prósperos 80 anos.

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7.12.09

Melhores livros de 2009 pela S+B

A revista norte-americana Strategy+Business já lançou sua lista dos melhores livros de 2009. Acho que nenhum deles foi publicado no Brasil.

Na minha opinião, a primeira vista, não achei nenhum interessante.


The Meltdown
In Fed We Trust: Ben Bernanke’s War on the Great Panic
by David Wessel
(Crown Business, 2009)
Leadership
The Puritan Gift: Reclaiming the American Dream amidst Global Financial Chaos
by Kenneth Hopper and William Hopper
(revised ed., I.B. Tauris, 2009)
Strategy
The Invisible Edge: Taking Your Strategy to the Next Level Using Intellectual Property
by Mark Blaxill and Ralph Eckardt
(Portfolio, 2009)
Globalization
The New Silk Road: How a Rising Arab World Is Turning Away from the West and Rediscovering China
by Ben Simpfendorfer
(Palgrave Macmillan, 2009)
Management
The Upside of the Downturn: Ten Management Strategies to Prevail in the Recession and Thrive in the Aftermath
by Geoff Colvin
(Portfolio, 2009)
Marketing
The Brand Bubble: The Looming Crisis
in Brand Value and How to Avoid It

by John Gerzema and Ed Lebar
(Jossey-Bass, 2008)
Technology
Say Everything: How Blogging Began, What
It’s Becoming, and Why It Matters

by Scott Rosenberg
(Crown, 2009)
Biography
John Stuart Mill: Victorian Firebrand
by Richard Reeves
(Overlook, 2008)



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4.12.09

Frase interessante

Não é normal saber o que queremos. Essa é uma façanha psicológica rara e difícil.


Abraham Maslow, psicólogo.



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2.12.09

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