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1.7.09

Liderança em tempos de crise

Se você é um líder de uma empresa que está passando por uma crise, siga os conselhos abaixo do professor Sutton. O texto é um resumo de um ótimo artigo publicado pela Harvard Business Review de junho.

Como ser um bom chefe quando a economia vai mal
Robert I. Sutton – HBR Junho 2009

Mesmo quando tudo vai bem na economia, é difícil ser um bom chefe. Estudos mostram que gente instalada em postos de autoridade não raro fica menos atenta aos sentimentos e às necessidades de outros indivíduos. Já quem está em papéis subordinados dedica imensa energia a observar e interpretar os atos dos líderes. Estas duas tendências
produzem uma combinação tóxica, que fica ainda pior durante crises. Professor de Stanford, Sutton apresenta um esquema útil para ajudar o chefe a se concentrar naquilo que seu pessoal mais precisa dele. Em situações nas quais os subordinados se sentem ameaçados, um bom chefe acha maneiras de garantir mais previsibilidade, mais compreensão, mais controle e mais compaixão.

Previsibilidade
- Dê a todos o máximo de informação possível sobre o que vai acontecer com eles, e quando. Com isso, as pessoas vão se preparar como puderem e padecer menos. E, no meio-tempo, aprenderão a relaxar ? como faziam os londrinos quando as sirenes que alertavam para o bombardeio aéreo da cidade silenciavam.


Compreensão
- Toda mudança importante deve ser acompanhada de uma explicação sobre sua necessidade e o impacto sobre a rotina. A comunicação interna deve ser simples, concreta e repetitiva.


Controle
- Se o obstáculo for apresentado como grande, complexo ou difícil demais, as pessoas ficarão paralisadas. Já quando o mesmo desafio é dividido em tarefas menos hercúleas, todos partem confiantes para tentar superá-lo.


Compaixão - Fique atento às necessidades emocionais daqueles que saem e ajude-os a manter a dignidade. Isso é essencial tanto para quem vai quanto para os colegas que ficam. Depreciar quem saiu vai enfurecer e desmoralizar o pessoal que foi poupado e pode levar os melhores dentre eles a abandonar o barco.

Um gestor que garanta isso tudo será visto como alguém que defende o interesse dos funcionários e terá sua lealdade por muitos e muitos anos.

10.6.09

Psicologia e economia

Convido todos a conhecerem o trabalho do psicólogo Daniel Kahneman, agraciado com o prêmio Nobel de Economia de 2002. O professor Kahneman mostrou em seus estudos como o ser humano age irracionalmente nas decisões de consumo e investimento. Esse tema é bem apropriado nesse período de crise, não acham?

Abaixo eu publico um pequeno texto sobre o trabalho do professor que foi publicado no jornal Folha de São Paulo.


Psicologia trata as "anomalias" do mercado

Folha de São Paulo, 31 de maio de 2009


Na economia, vendedores e compradores ajustam preços de acordo com a lei da oferta e da procura. Se muitos querem um produto raro, seu preço explode; se a demanda desaparece, pode ser vendido por quase nada. Em busca da eficiência, os mercados tendem a alocar recursos onde estão as melhores oportunidades de retorno.


No mundo real, no entanto, nem sempre as coisas acontecem assim. Investidor compra ação na alta e vende na baixa, bancos colocam bilhões em hipotecas sem condições de serem pagas, empresas valem menos do que têm em caixa e, diante do pânico, uma manada de investidores sai vendendo ações de empresas lucrativas por qualquer preço.


O psicólogo Daniel Kahneman formulou os princípios que explicam como emoções simples, ligadas ao instinto de sobrevivência, explicam essas anomalias do mercado e impedem os investidores de calcularem corretamente os riscos que assumem.

A psicologia de Kahneman mostrou que o investidor padece de excesso de confiança e que a maioria das pessoas se julga acima da média na hora de obter lucros no mercado.


Um dos arquétipos mais comentados de comportamento irracional do investidor é a aversão a perdas. Por ele, o investidor sente mais a dor de um prejuízo do que o prazer por um lucro de mesmo valor.

O excesso de otimismo -e depois de pessimismo- impele as pessoas a comprarem uma ação com base na rentabilidade passada, acreditando que a história repetirá.


Ao menor sinal de que uma aposta vai se desmoronar, acontece o efeito manada. O investidor mais inseguro segue quem julga ter mais informação, numa cadeia que força as explosões de bolhas.

A psicologia econômica mostrou ainda que os mercados acabam sobrevalorizando o impacto de novas tecnologias, como foi a internet em 2000.


A vergonha de errar faz com que o investidor aposte junto com a média do mercado.


27.4.09

Cuidados ao cortar os custos

Saiu na Exame PME nº 17 algumas dicas e cuidados que os empresários de pequenas e médias empresas devem tomar ao decidirem cortarem custos. Com essa crise, achei pertinente publicar aqui as dicas.

Clique nas imagens abaixo para ampliá-las


9.2.09

Bela reflexão sobre a crise

Eu faço parte de um grupo de discussão promovido pelo site To The Top. Diversos assuntos são discutidos através de troca de e-mails. Recentemente recebi o texto abaixo. Achei bem interessante e resolvi compartilhá-lo com vocês, leitores do meu blog.

A crise segundo Einstein

Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo, sem ficar superado.


Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la.


Albert Einstein
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