Segue abaixo um texto bem interessante escrito por um colega meu de empresa. Apesar de o Pan e a Copa América terem terminado, os problemas de competitividade internacional no Brasil continuam.
Uma boa semana a todos.
Heróis sem medalhas
Estamos vivendo uma época de competições esportivas internacionais como o Pan-Americano e Copa América de Futebol, que fazem aflorar ainda mais nosso sentimento de patriotismo. Resgatam-se expressões como a ¨Pátria de chuteiras¨ e outras que demonstram a sensação gostosa que temos por torcer para os times e atletas que representam o país nessas competições.
Recentemente, numa expansão de operações internacionais de um cliente da ACS, quando dava as boas-vindas para o novo grupo e manifestava expressões de estímulo e apoio para o novo desafio, refleti que esses atendentes deveriam ser comparados aos atletas brasileiros em tais competições. Nesse mundo cada vez mais globalizado, empresas e prestadores de serviços em diversos países concorrem entre si para conseguir o contrato de um cliente dos EUA ou Europa. Essa batalha ferrenha não ocorre apenas entre as empresas, que em última instância serão os representantes dos países na competição internacional de serviços de outsourcing de contact center e TI, mas também entre os próprios países, que alardeiam para si as vantagens de terem a operação no seu território em vez de em outro local.
Desse ponto é que decorre a conexão entre os atletas que representam o país nas competições internacionais com o profissional de operações offshore de contact center, serviços de BPO ou de TI. Afinal, exatamente como os atletas, eles também têm um talento especial que ajuda a inserir o Brasil nesse contexto de competição global. A estes profissionais cabem também as medalhas, os louros da vitória, as homenagens da sociedade, o destaque da mídia. Eles são verdadeiros heróis brasileiros nessa batalha de trazer para nossa Nação a prestação de um serviço que gera mais empregos, impostos e riquezas, e que poderia estar na Argentina, no México, Costa Rica, Índia, Filipinas ou Polônia. O Brasil agradece.
Da mesma maneira que deveria acontecer com os esportes, o Governo, principalmente, deveria investir mais nos nossos ¨atletas dos serviços¨, melhorando o nível geral de educação do país, incentivando o aprendizado de línguas estrangeiras, promovendo esses talentos lá fora e oferecendo melhores condições de competitividade internacional para que as empresas também façam a sua parte.
Nessa “copa mundial” de serviços offshore ainda estamos perdendo de goleada, mas os poucos bravos heróis que ajudam e defendem o Brasil nessa competição internacional merecem nosso reconhecimento. Medalha de Ouro para esses profissionais.
Autor:
José Eduardo Lima
VP de Relações Internacionais ABRAREC
jose.lima@acs.com.br
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