27.5.09
25.5.09
22.5.09
Voce comeria esse pão?
É pão, mas você comeria?
Trata-se de uma padaria da Tailândia, na província de Ratchaburi (100 km a oeste de Bangkok).
Os detalhes fazem a perfeição da criação, parecendo quase real e chamando a atenção de todos que passam em frente à padaria.
Enviado pelo meu amigo Beto da Stocktotal Minas.
20.5.09
Definições de marketing
Segue algumas definições de marketing enviadas pelo meu amigo Mário Paganini. E o pior é que elas têm um fundo de verdade.
1- Ela está numa festa, vê um homem muito charmoso, chega perto dele e diz: “Sou um fenômeno na cama.” Isto é Marketing Direto.
2- Ela está numa festa e vê um homem muito charmoso. Um dos amigos dela chega perto dele e diz: “Aquela mulher é um fenômeno na cama.” Isto é Publicidade.
3- Ela está numa festa, vê homem muito charmoso e pede o número do celular dele. No dia seguinte, liga para ele e diz: “Sou um fenômeno na cama.” Isto é Telemarketing.
4- Ela está numa festa, vê um homem muito charmoso e descobre que já tinha estado com ele. Então, refresca a memória dele e diz: “Lembra como sou um fenômeno na cama?” Isto é Customer Relationship Management.
5- Ela está numa festa e vê um homem muito charmoso. Levanta-se, arruma o cabelo, aproxima-se dele, oferece-lhe um drink e, enchendo-o de elogios, e diz: ” Sou um fenômeno na cama.” Isto é Public Relations.
6- Ela está numa festa, vê um homem muito charmoso. Ele chega perto dela e diz: “Ouvi dizer que você é um fenômeno na cama.” Isto é Poder de Marca.
7- Ela está numa festa, vê um homem muito charmoso, chega perto dele e, deixando que ele veja parte de seus seios, diz: “Sou um fenômeno na cama.” Isto é Merchandising.
1- Ela está numa festa, vê um homem muito charmoso, chega perto dele e diz: “Sou um fenômeno na cama.” Isto é Marketing Direto.
2- Ela está numa festa e vê um homem muito charmoso. Um dos amigos dela chega perto dele e diz: “Aquela mulher é um fenômeno na cama.” Isto é Publicidade.
3- Ela está numa festa, vê homem muito charmoso e pede o número do celular dele. No dia seguinte, liga para ele e diz: “Sou um fenômeno na cama.” Isto é Telemarketing.
4- Ela está numa festa, vê um homem muito charmoso e descobre que já tinha estado com ele. Então, refresca a memória dele e diz: “Lembra como sou um fenômeno na cama?” Isto é Customer Relationship Management.
5- Ela está numa festa e vê um homem muito charmoso. Levanta-se, arruma o cabelo, aproxima-se dele, oferece-lhe um drink e, enchendo-o de elogios, e diz: ” Sou um fenômeno na cama.” Isto é Public Relations.
6- Ela está numa festa, vê um homem muito charmoso. Ele chega perto dela e diz: “Ouvi dizer que você é um fenômeno na cama.” Isto é Poder de Marca.
7- Ela está numa festa, vê um homem muito charmoso, chega perto dele e, deixando que ele veja parte de seus seios, diz: “Sou um fenômeno na cama.” Isto é Merchandising.
18.5.09
Tank Man
Meu irmão Renato me mandou um link para o vídeo abaixo. Vale a pena lembrar-mos da imagem de um manifestante diante de uma coluna de tanques que tornou-se ícone do massacre da Paz Celestial em 1989.
O homem solitário, que jamais foi identificado, ganhou o apelido de "tank man" (o homem do tanque). A revista "Time" apontou o "tank man" como uma das cem pessoas mais influentes do século 20.
Como dizem: "O corajoso não é aquele que não tem medo, mas sim aquele que o enfrenta".
Uma ótima semana a todos.
O homem solitário, que jamais foi identificado, ganhou o apelido de "tank man" (o homem do tanque). A revista "Time" apontou o "tank man" como uma das cem pessoas mais influentes do século 20.
Como dizem: "O corajoso não é aquele que não tem medo, mas sim aquele que o enfrenta".
Uma ótima semana a todos.
15.5.09
13.5.09
Blog do Professor Randes
Caros leitores, um grande amigo meu, o professor Randes da FGV, acaba de criar um blog o Development Strategic Marketing and Sales. Sugiro que dêem uma olhada, está muito bom.
Professor Randes, seja bem vindo ao mundo dos blogueiros!
12.5.09
Uma história de superação e empreendedorismo
Bem pessoal, voltei de Buenos Aires. Recomendo a todos visitarem essa cidade muito bonita. Mal cheguei já quero voltar.
Abaixo um depoimento do empreendedor Sidney Santos. Uma história interessante que nos faz refletir. Na nossa infância nos escutamos muito mais "não" do que "sim". De certa maneira isso nos reprime. O medo de fracassar, ficar sem status ou dinheiro também. Por isso eu respeito muito todos aqueles que resolvem montar seu próprio negócio. Um dia será a minha vez.
Todos dizem não
26.02.2009 - Revista Exame PME edição 17 Por Sidney Santos
Acabo de nascer. Eu, já todo enroladinho como uma salsicha empanada (os bebês das décadas passadas eram mais moles e quebravam só de olhar), sou entregue à minha mãe. E o médico solta o diagnóstico e o prognóstico: "Mãe, dificilmente este menino irá andar, nasceu com um defeito no pé direito, todinho virado para baixo e para trás, e a senhora precisa estar ciente disso".
À minha mãe, então com 25 anos e mais três filhos, podia faltar ciência, mas sobravam vontade e amor. Ela não deu ouvidos ao doutor. Buscou outros e, com 2 meses, fiz minha primeira cirurgia corretiva; com 2 anos, outra; e aos 3 já andava arrastando um gesso que usei até os 4 anos. Hoje, meu pé direito é lindo. Pelo uso excessivo do gesso na fase em que minhas pernas estavam em formação, tenho algo único que chamo de pernas dos Robertos Carlos: a esquerda do jogador, a direita do cantor. O médico disse não. O tempo disse sim. Comecei a duvidar dos que dizem não, duvidar de previsões.
Aos 10 anos, eu na escola, e a doce tia Lina era mestre em previsões, regras e porquês. Um dia ela olhou para minha forma física e mandou: "O Sidney sempre será baixinho e magrinho, já o Marcelo Pinheiro será alto e forte". Fiquei louco com aquilo, que me condenava a ser pequeno e raquítico. Marcelo Pinheiro era louro, bonito, chegava a irritar. Anos atrás, encontrei Marcelo Pinheiro. Ele me chama, eu olho para trás e lá, uns 10 centímetros abaixo, estava o próprio. Ele não cresceu, ficou tarracudo, e eu, hoje no auge do meu 1 metro e 70, preciso perder uns 5 quilos. Tia Lina, sempre certa, errou. Estou começando a não gostar de previsões, das pessoas que dizem não.
Chega minha formatura da 8a série, a única que consegui fazer. Tenho 15 anos. Na volta da festinha, meu amigo Alex comenta: "O banco Boavista está pegando". Era assim que se falava quando estavam contratando alguém. No outro dia, 23 de dezembro, acordo às 5 da manhã, coloco minha única melhor roupa e digo à minha mãe que preciso ir em busca desse emprego. Ela briga comigo, fala que estou louco, que é Natal e que no Natal ninguém contrata. No dia 7 de janeiro de 1987, estou vestindo o uniforme de contínuo do Boavista. Minha mãe estava errada. Contratam no Natal, sim.
Um ano depois, após várias promoções no banco, vi que ser gerente seria bem chato e que esse não era o meu sonho. Um dia, após ser chamado pelo diretor financeiro de uma empresa nova no Brasil para trabalhar na cobrança deles, me aconselhei com a gerente Cristina, que previu: "Sidney, esses caras são novos aqui, podem ter problemas, e aí você fica sem emprego". A empresa? Parmalat. A Cristina até acertou. Mas errou a data, e como!
Fui trabalhar como estoquista numa loja de peças de motocicletas. Algum tempo depois, passo a balconista-vendedor e recebo uma oferta para ser representante de vendas de uma indústria de motopeças. Meu melhor amigo prevê: "Você vai trocar o certo pelo incerto, aqui você tem fixo, lá só comissão. É menor de idade, não tem habilitação. E se apreendem sua moto? E se isso e se aquilo?" Com toda a irresponsabilidade, fui e já em minha primeira visita na Moto Remasa faço uma venda que garante mais que meu salário anterior. Estou achando que esse negócio de previsão não é bom mesmo. E que todos sempre dizem não.
Após um ano de muito trabalho, vendas e comissões, resolvo montar minha própria empresa. Aí foi geral. Amigos, familiares, chefes, todos diziam não: "Mas você vai montar uma empresa como? Você não tem dinheiro. Não tem conhecimento. Não tem nem maioridade. Não tem noção. Você vai perder um ótimo emprego, sair de uma boa empresa e trocar pelo quê?"
Como num flash, relembrei daquela porção de nãos e previsões furadas. Então, eu, aquele menino de 17 anos que só ouvia nãos e previsões, abri a minha empresa, a primeira de muitas e bem-sucedidas. De 1989 para cá, acumulei mais um monte de nãos, mas aprendi a acreditar em uma coisa: atitude. É uma palavra maravilhosa, pois nela mora a decisão, que transforma o querer em fazer. Acredite em você e, principalmente, em seu coração.
Abaixo um depoimento do empreendedor Sidney Santos. Uma história interessante que nos faz refletir. Na nossa infância nos escutamos muito mais "não" do que "sim". De certa maneira isso nos reprime. O medo de fracassar, ficar sem status ou dinheiro também. Por isso eu respeito muito todos aqueles que resolvem montar seu próprio negócio. Um dia será a minha vez.
Todos dizem não
26.02.2009 - Revista Exame PME edição 17 Por Sidney Santos
Acabo de nascer. Eu, já todo enroladinho como uma salsicha empanada (os bebês das décadas passadas eram mais moles e quebravam só de olhar), sou entregue à minha mãe. E o médico solta o diagnóstico e o prognóstico: "Mãe, dificilmente este menino irá andar, nasceu com um defeito no pé direito, todinho virado para baixo e para trás, e a senhora precisa estar ciente disso".
À minha mãe, então com 25 anos e mais três filhos, podia faltar ciência, mas sobravam vontade e amor. Ela não deu ouvidos ao doutor. Buscou outros e, com 2 meses, fiz minha primeira cirurgia corretiva; com 2 anos, outra; e aos 3 já andava arrastando um gesso que usei até os 4 anos. Hoje, meu pé direito é lindo. Pelo uso excessivo do gesso na fase em que minhas pernas estavam em formação, tenho algo único que chamo de pernas dos Robertos Carlos: a esquerda do jogador, a direita do cantor. O médico disse não. O tempo disse sim. Comecei a duvidar dos que dizem não, duvidar de previsões.
Aos 10 anos, eu na escola, e a doce tia Lina era mestre em previsões, regras e porquês. Um dia ela olhou para minha forma física e mandou: "O Sidney sempre será baixinho e magrinho, já o Marcelo Pinheiro será alto e forte". Fiquei louco com aquilo, que me condenava a ser pequeno e raquítico. Marcelo Pinheiro era louro, bonito, chegava a irritar. Anos atrás, encontrei Marcelo Pinheiro. Ele me chama, eu olho para trás e lá, uns 10 centímetros abaixo, estava o próprio. Ele não cresceu, ficou tarracudo, e eu, hoje no auge do meu 1 metro e 70, preciso perder uns 5 quilos. Tia Lina, sempre certa, errou. Estou começando a não gostar de previsões, das pessoas que dizem não.
Chega minha formatura da 8a série, a única que consegui fazer. Tenho 15 anos. Na volta da festinha, meu amigo Alex comenta: "O banco Boavista está pegando". Era assim que se falava quando estavam contratando alguém. No outro dia, 23 de dezembro, acordo às 5 da manhã, coloco minha única melhor roupa e digo à minha mãe que preciso ir em busca desse emprego. Ela briga comigo, fala que estou louco, que é Natal e que no Natal ninguém contrata. No dia 7 de janeiro de 1987, estou vestindo o uniforme de contínuo do Boavista. Minha mãe estava errada. Contratam no Natal, sim.
Um ano depois, após várias promoções no banco, vi que ser gerente seria bem chato e que esse não era o meu sonho. Um dia, após ser chamado pelo diretor financeiro de uma empresa nova no Brasil para trabalhar na cobrança deles, me aconselhei com a gerente Cristina, que previu: "Sidney, esses caras são novos aqui, podem ter problemas, e aí você fica sem emprego". A empresa? Parmalat. A Cristina até acertou. Mas errou a data, e como!
Fui trabalhar como estoquista numa loja de peças de motocicletas. Algum tempo depois, passo a balconista-vendedor e recebo uma oferta para ser representante de vendas de uma indústria de motopeças. Meu melhor amigo prevê: "Você vai trocar o certo pelo incerto, aqui você tem fixo, lá só comissão. É menor de idade, não tem habilitação. E se apreendem sua moto? E se isso e se aquilo?" Com toda a irresponsabilidade, fui e já em minha primeira visita na Moto Remasa faço uma venda que garante mais que meu salário anterior. Estou achando que esse negócio de previsão não é bom mesmo. E que todos sempre dizem não.
Após um ano de muito trabalho, vendas e comissões, resolvo montar minha própria empresa. Aí foi geral. Amigos, familiares, chefes, todos diziam não: "Mas você vai montar uma empresa como? Você não tem dinheiro. Não tem conhecimento. Não tem nem maioridade. Não tem noção. Você vai perder um ótimo emprego, sair de uma boa empresa e trocar pelo quê?"
Como num flash, relembrei daquela porção de nãos e previsões furadas. Então, eu, aquele menino de 17 anos que só ouvia nãos e previsões, abri a minha empresa, a primeira de muitas e bem-sucedidas. De 1989 para cá, acumulei mais um monte de nãos, mas aprendi a acreditar em uma coisa: atitude. É uma palavra maravilhosa, pois nela mora a decisão, que transforma o querer em fazer. Acredite em você e, principalmente, em seu coração.
6.5.09
Hermanos argentinos
4.5.09
1.5.09
Todos dizem não
Pessoal, estive viajando a trabalho e não tive tempo de atualizar o blog. Peço desculpa por isso. Abaixo um texto interessante do empreendedor e colunista da revista PEGN, Sidney Santos. Quantos "nãos" nós já levamos na vida? Vale a refexão.
Todos dizem não
26.02.2009 - Revista Exame PME edição 17
Por Sidney Santos
Acabo de nascer. Eu, já todo enroladinho como uma salsicha empanada (os bebês das décadas passadas eram mais moles e quebravam só de olhar), sou entregue à minha mãe. E o médico solta o diagnóstico e o prognóstico: "Mãe, dificilmente este menino irá andar, nasceu com um defeito no pé direito, todinho virado para baixo e para trás, e a senhora precisa estar ciente disso".
À minha mãe, então com 25 anos e mais três filhos, podia faltar ciência, mas sobravam vontade e amor. Ela não deu ouvidos ao doutor. Buscou outros e, com 2 meses, fiz minha primeira cirurgia corretiva; com 2 anos, outra; e aos 3 já andava arrastando um gesso que usei até os 4 anos. Hoje, meu pé direito é lindo. Pelo uso excessivo do gesso na fase em que minhas pernas estavam em formação, tenho algo único que chamo de pernas dos Robertos Carlos: a esquerda do jogador, a direita do cantor. O médico disse não. O tempo disse sim. Comecei a duvidar dos que dizem não, duvidar de previsões.
Aos 10 anos, eu na escola, e a doce tia Lina era mestre em previsões, regras e porquês. Um dia ela olhou para minha forma física e mandou: "O Sidney sempre será baixinho e magrinho, já o Marcelo Pinheiro será alto e forte". Fiquei louco com aquilo, que me condenava a ser pequeno e raquítico. Marcelo Pinheiro era louro, bonito, chegava a irritar. Anos atrás, encontrei Marcelo Pinheiro. Ele me chama, eu olho para trás e lá, uns 10 centímetros abaixo, estava o próprio. Ele não cresceu, ficou tarracudo, e eu, hoje no auge do meu
1 metro e 70, preciso perder uns 5 quilos. Tia Lina, sempre certa, errou. Estou começando a não gostar de previsões, das pessoas que dizem não.
Chega minha formatura da 8a série, a única que consegui fazer. Tenho 15 anos. Na volta da festinha, meu amigo Alex comenta: "O banco Boavista está pegando". Era assim que se falava quando estavam contratando alguém. No outro dia, 23 de dezembro, acordo às 5 da manhã, coloco minha única melhor roupa e digo à minha mãe que preciso ir em busca desse emprego. Ela briga comigo, fala que estou louco, que é Natal e que no Natal ninguém contrata. No dia 7 de janeiro de 1987, estou vestindo o uniforme de contínuo do Boavista. Minha mãe estava errada. Contratam no Natal, sim.
Um ano depois, após várias promoções no banco, vi que ser gerente seria bem chato e que esse não era o meu sonho. Um dia, após ser chamado pelo diretor financeiro de uma empresa nova no Brasil para trabalhar na cobrança deles, me aconselhei com a gerente Cristina, que previu: "Sidney, esses caras são novos aqui, podem ter problemas, e aí você fica sem emprego". A empresa? Parmalat. A Cristina até acertou. Mas errou a data, e como!
Fui trabalhar como estoquista numa loja de peças de motocicletas. Algum tempo depois, passo a balconista-vendedor e recebo uma oferta para ser representante de vendas de uma indústria de motopeças. Meu melhor amigo prevê: "Você vai trocar o certo pelo incerto, aqui você tem fixo, lá só comissão. É menor de idade, não tem habilitação. E se apreendem sua moto? E se isso e se aquilo?" Com toda a irresponsabilidade, fui e já em minha primeira visita na Moto Remasa faço uma venda que garante mais que meu salário anterior. Estou achando que esse negócio de previsão não é bom mesmo. E que todos sempre dizem não.
Após um ano de muito trabalho, vendas e comissões, resolvo montar minha própria empresa. Aí foi geral. Amigos, familiares, chefes, todos diziam não: "Mas você vai montar uma empresa como? Você não tem dinheiro. Não tem conhecimento. Não tem nem maioridade. Não tem noção. Você vai perder um ótimo emprego, sair de uma boa empresa e trocar pelo quê?"
Como num flash, relembrei daquela porção de nãos e previsões furadas. Então, eu, aquele menino de 17 anos que só ouvia nãos e previsões, abri a minha empresa, a primeira de muitas e bem-sucedidas. De 1989 para cá, acumulei mais um monte de nãos, mas aprendi a acreditar em uma coisa: atitude. É uma palavra maravilhosa, pois nela mora a decisão, que transforma o querer em fazer. Acredite em você e, principalmente, em seu coração.
Todos dizem não
26.02.2009 - Revista Exame PME edição 17
Por Sidney Santos
Acabo de nascer. Eu, já todo enroladinho como uma salsicha empanada (os bebês das décadas passadas eram mais moles e quebravam só de olhar), sou entregue à minha mãe. E o médico solta o diagnóstico e o prognóstico: "Mãe, dificilmente este menino irá andar, nasceu com um defeito no pé direito, todinho virado para baixo e para trás, e a senhora precisa estar ciente disso".
À minha mãe, então com 25 anos e mais três filhos, podia faltar ciência, mas sobravam vontade e amor. Ela não deu ouvidos ao doutor. Buscou outros e, com 2 meses, fiz minha primeira cirurgia corretiva; com 2 anos, outra; e aos 3 já andava arrastando um gesso que usei até os 4 anos. Hoje, meu pé direito é lindo. Pelo uso excessivo do gesso na fase em que minhas pernas estavam em formação, tenho algo único que chamo de pernas dos Robertos Carlos: a esquerda do jogador, a direita do cantor. O médico disse não. O tempo disse sim. Comecei a duvidar dos que dizem não, duvidar de previsões.
Aos 10 anos, eu na escola, e a doce tia Lina era mestre em previsões, regras e porquês. Um dia ela olhou para minha forma física e mandou: "O Sidney sempre será baixinho e magrinho, já o Marcelo Pinheiro será alto e forte". Fiquei louco com aquilo, que me condenava a ser pequeno e raquítico. Marcelo Pinheiro era louro, bonito, chegava a irritar. Anos atrás, encontrei Marcelo Pinheiro. Ele me chama, eu olho para trás e lá, uns 10 centímetros abaixo, estava o próprio. Ele não cresceu, ficou tarracudo, e eu, hoje no auge do meu
1 metro e 70, preciso perder uns 5 quilos. Tia Lina, sempre certa, errou. Estou começando a não gostar de previsões, das pessoas que dizem não.
Chega minha formatura da 8a série, a única que consegui fazer. Tenho 15 anos. Na volta da festinha, meu amigo Alex comenta: "O banco Boavista está pegando". Era assim que se falava quando estavam contratando alguém. No outro dia, 23 de dezembro, acordo às 5 da manhã, coloco minha única melhor roupa e digo à minha mãe que preciso ir em busca desse emprego. Ela briga comigo, fala que estou louco, que é Natal e que no Natal ninguém contrata. No dia 7 de janeiro de 1987, estou vestindo o uniforme de contínuo do Boavista. Minha mãe estava errada. Contratam no Natal, sim.
Um ano depois, após várias promoções no banco, vi que ser gerente seria bem chato e que esse não era o meu sonho. Um dia, após ser chamado pelo diretor financeiro de uma empresa nova no Brasil para trabalhar na cobrança deles, me aconselhei com a gerente Cristina, que previu: "Sidney, esses caras são novos aqui, podem ter problemas, e aí você fica sem emprego". A empresa? Parmalat. A Cristina até acertou. Mas errou a data, e como!
Fui trabalhar como estoquista numa loja de peças de motocicletas. Algum tempo depois, passo a balconista-vendedor e recebo uma oferta para ser representante de vendas de uma indústria de motopeças. Meu melhor amigo prevê: "Você vai trocar o certo pelo incerto, aqui você tem fixo, lá só comissão. É menor de idade, não tem habilitação. E se apreendem sua moto? E se isso e se aquilo?" Com toda a irresponsabilidade, fui e já em minha primeira visita na Moto Remasa faço uma venda que garante mais que meu salário anterior. Estou achando que esse negócio de previsão não é bom mesmo. E que todos sempre dizem não.
Após um ano de muito trabalho, vendas e comissões, resolvo montar minha própria empresa. Aí foi geral. Amigos, familiares, chefes, todos diziam não: "Mas você vai montar uma empresa como? Você não tem dinheiro. Não tem conhecimento. Não tem nem maioridade. Não tem noção. Você vai perder um ótimo emprego, sair de uma boa empresa e trocar pelo quê?"
Como num flash, relembrei daquela porção de nãos e previsões furadas. Então, eu, aquele menino de 17 anos que só ouvia nãos e previsões, abri a minha empresa, a primeira de muitas e bem-sucedidas. De 1989 para cá, acumulei mais um monte de nãos, mas aprendi a acreditar em uma coisa: atitude. É uma palavra maravilhosa, pois nela mora a decisão, que transforma o querer em fazer. Acredite em você e, principalmente, em seu coração.
Assinar:
Postagens (Atom)