10.7.09

Falando sobre o Café

Assunto light para essa sexta-feira.

Adorei a notícia abaixo. Sou um fã de café. Bebo quase todos os dias mas nada de vício, apenas aprecio muito a bebida.

Boa Notícia para quem vive de café

Thomas H. Lee* – Harvard Business Review Junho 2009

Qual o motor da atividade empresarial em várias partes do mundo? Inovação? Perspiração? Capital? Que tal o café? Do chão da fábrica à sala da diretoria, o velho Java ? e não falo do software ? move trabalhadores e define a cultura no trabalho. E mais: uma boa xícara de café pode fazer tão bem à saúde de quem toma quanto ao balanço da empresa.

Muita gente ainda toma café com uma dose de culpa, por achar que a bebida não faz bem para o organismo. É uma herança de estudos das décadas de 1950 e 1960, segundo os quais o café predispunha a pessoa a câncer de pâncreas, problemas cardiovasculares e outros males. O que esses estudos não computaram era o efeito do cigarro, então fiel companheiro do café. De lá para cá, a opinião da comunidade médica sobre os efeitos da bebida mudou ? gradual, mas radicalmente.
Estudos de grande escopo e longo prazo mostram que o café não dá câncer e pode até proteger contra certos tumores. E não faz mal ao coração - tanto que a American Heart Association já autoriza quem teve um infarto a tomar uma ou duas xícaras por dia ainda durante a internação num hospital. Resultados de dois estudos de longo prazo nos Estados Unidos - o Health Professionals Follow-Up e o Nurses Health - mostram que a ingestão de café reduz o risco de morte prematura de infarto ou AVC. O café parece dar uma pequena proteção contra o diabetes do tipo 2, pedra na vesícula e mal de Parkinson.

É possível que o café melhore também a produtividade. Uma injeção de cafeína desperta milhões de trabalhadores pela manhã (o que sugere, contudo, que pos­sa causar dependência). Experimentos controla­dos em laboratório in­dicam que a bebida produz uma sensação de bem-estar, além de aumentar a energia e a motivação e de deixar a pessoa mais alerta. Estudos com ressonância magnética funcional mostram que o café ativa regiões do cérebro ligadas à memória de curto prazo, aquela que ajuda o indivíduo a se concentrar na tarefa em mãos.

Ainda assim, um alerta é necessário. Uma xícara típica de café contém cerca de 100 miligramas de cafeína. Uma dose maior de certos tipos de café pode ter até cinco vezes mais. Na ausência do hábito, a cafeína pode deixar a pessoa agitada, elevar a pressão e desidratar. Mas o maior perigo para a saúde é tudo o que se acrescenta ao café. O café preto, sem nada, quase não tem calorias e é repleto de antioxidantes e outros fitonutrientes. Já com creme, açúcar, chantilly e xarope vira uma sobremesa altamente calórica, o que acaba anulando qualquer efeito benéfico para a saúde. Uma caneca de quase meio litro de Mint Mocha Chip Frappuccino, com cobertura de chantilly e chocolate, tem 470 calorias. A bebida tem 12 gramas de gordura saturada ? quase a dose diária recomendada ? e 58 gramas (14 colheres de chá!) de açúcar.

Para a maioria, no entanto, os benefícios da bebida ? sociais e para a saúde ? superam os riscos. E o café nosso de cada dia mantém a roda dos negócios girando.

*Thomas H. Lee* é professor de medicina na Harvard Medical School, nos EUA. É presidente da rede de medicina de grupo americana Partners Community HealthCare e editor da Harvard Heart Letter.

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