Olhando do ponto de vista do ser humano, a vida individual ocorre entre a oposição entre duas forças: a Segurança e a Liberdade, ambas ardentemente ambiciosas, mas difíceis de conciliar, e virtualmente impossíveis de satisfazer totalmente ao mesmo tempo.
O ser humano busca seu espaço. Ele quer ser protagonista da sua vida e não um mero coadjuvante. Cada dia ele se sociabiliza menos, se individualiza mais, não quer ter compromissos para o resto da vida. Não quer ficar preso a ninguém, a nenhuma empresa ou instituição religiosa. Ele ambiciona sua identidade, a sua Liberdade.
Ao mesmo tempo o indivíduo vive em um mundo de incertezas, que sofre de mudanças bruscas e contínuas todo o tempo. Ele procura a todo o momento se ajustar a condições de vida cambiantes. Hoje faz mais sentido substituir o termo “criar raízes” por “içar âncoras”, pois não há nada irrevogável em içar uma âncora. Isso faz com que o sentimento de inSegurança tome conta das pessoas.
Bom, o que a Marca tem a ver como isso? A Marca é um “intermediador” dessa dicotomia Segurança x Liberdade. Ela ameniza essas duas forças. Ela propicia que o indivíduo tenha a Liberdade de escolher o produto que melhor reflete seu poder financeiro/social, sua personalidade, seu modo de vida, ao mesmo tempo em que dá uma Segurança. Se você comprar aquele produto daquela Marca, com certeza você terá feito uma boa escolha. O consumidor perde o medo de errar.
Em um mundo cada vez mais incerto e individualista (o “eu” em primeiro lugar) a intensidade dessas duas forças antagônicas Liberdade x Segurança, tende a aumentar. Em conseqüência disso a importância da Marca, como um conciliador desse antagonismo, tende a ganhar mais importância.
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