A palavra da moda no mundo corporativo hoje é Inovação. Esta não vem sozinha mas acompanhada da Simplicidade. Vários produtos/serviços de sucesso, inovadores e simples, ilustram o que estou dizendo: Ipod, Goolge, o console de games Wii, os conceitos do livro Estratégia do Oceano Azul, o site Blogger, etc. Existe uma busca pelas principais empresas por produtos inovadores e de fácil uso (simplicidade). Essa parece ser a fórmula de sucesso do momento.
Fico lembrando do grande cantor de mpb-caipira Renato Teixeira, que dentro do seu estilo poético, profundo e simples de compor canta: “E a calma é irmã do simples e o simples resolve tudo”.
Cliente quer coisas simples e divertidas
Fonte: Revista Época Negócios nº4
Consumidor cansou de equipamentos com muitos recursos e difíceis de usar, diz consultoria
A tendência à simplicidade deve mudar especialmente o mercado de celulares. Os aparelhos sofrem atualmente de um excesso de complexidade. O lançamento do iPhone, pela Apple, previsto para acontecer neste mês, levará a concorrência a criar modelos mais intuitivos, que possam ser manuseados naturalmente pelos usuários, sem que precisem tropeçar nos recursos de seus equipamentos.
As previsões da Booz Allen Hamilton, feitas para orientar seus clientes e reunidas no documento 2007: Tendências e Perspectivas, abrangem ampla gama de assuntos. Entre as tecnologias que serão popularizadas nos próximos meses, de acordo com a consultoria, está o RFID, a sigla em inglês da identificação por radiofreqüência. Os chips desse sistema já começaram a ser implantados em mercadorias para ajudar no controle de estoque. Mas seu uso está sendo expandido para um amplo leque de atividades. No Japão, mais de 30 milhões de celulares equipados com esses chips passaram a ser utilizados no pagamento de contas em restaurantes e lojas. Governos estudam usar a tecnologia em passaportes e outros documentos de identificação, para arquivar informações pessoais. A Monsanto desenvolve sementes equipadas com chips de RFID que transmitirão informações sobre as condições do clima e do solo onde foram plantadas.
A Booz Allen Hamilton também analisou as novas tendências da globalização e constatou a existência de uma nova onda de terceirização. Depois de repassarem para outros países serviços de tecnologia da informação e procedimentos internos de seus negócios, as companhias começam a terceirizar seus departamentos de pesquisa e desenvolvimento, especialmente a criação de softwares.
A China e a Índia devem abrigar 77% dos novos laboratórios a ser criados no mundo até 2008. Um dos motivos é bastante conhecido: os custos baixos da mão-de-obra qualificada desses dois países em relação aos centros industrializados, diferença que, porém, começa a cair significativamente. Outros fatores começam a levar as atividades de pesquisa das corporações para o mercado chinês e o indiano. Um laboratório nesses mercados emergentes pode, por exemplo, ser instalado a pouca distância das fábricas que produzem os equipamentos saídos de suas pranchetas. É vantajoso também criar departamentos de pesquisa em mercados que crescem acentuadamente. As empresas ficam mais sintonizadas com as preferências desse consumidor. A nova onda de terceirização promete elevar-se muito. Dos gastos globais de US$ 750 bilhões por ano com serviços de engenharia e design, apenas US$ 15 bilhões são terceirizados. Até 2020, esse valor deve ser multiplicado no mínimo por dez.
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