7.6.07
Férias?
Voltarei a publicar notícias dia 09 de julho (nova data).
Abraço a todos.
Flávio
6.6.07
Inovação sim mas com Simplicidade
A palavra da moda no mundo corporativo hoje é Inovação. Esta não vem sozinha mas acompanhada da Simplicidade. Vários produtos/serviços de sucesso, inovadores e simples, ilustram o que estou dizendo: Ipod, Goolge, o console de games Wii, os conceitos do livro Estratégia do Oceano Azul, o site Blogger, etc. Existe uma busca pelas principais empresas por produtos inovadores e de fácil uso (simplicidade). Essa parece ser a fórmula de sucesso do momento.
Fico lembrando do grande cantor de mpb-caipira Renato Teixeira, que dentro do seu estilo poético, profundo e simples de compor canta: “E a calma é irmã do simples e o simples resolve tudo”.
Cliente quer coisas simples e divertidas
Fonte: Revista Época Negócios nº4
Consumidor cansou de equipamentos com muitos recursos e difíceis de usar, diz consultoria
A tendência à simplicidade deve mudar especialmente o mercado de celulares. Os aparelhos sofrem atualmente de um excesso de complexidade. O lançamento do iPhone, pela Apple, previsto para acontecer neste mês, levará a concorrência a criar modelos mais intuitivos, que possam ser manuseados naturalmente pelos usuários, sem que precisem tropeçar nos recursos de seus equipamentos.
As previsões da Booz Allen Hamilton, feitas para orientar seus clientes e reunidas no documento 2007: Tendências e Perspectivas, abrangem ampla gama de assuntos. Entre as tecnologias que serão popularizadas nos próximos meses, de acordo com a consultoria, está o RFID, a sigla em inglês da identificação por radiofreqüência. Os chips desse sistema já começaram a ser implantados em mercadorias para ajudar no controle de estoque. Mas seu uso está sendo expandido para um amplo leque de atividades. No Japão, mais de 30 milhões de celulares equipados com esses chips passaram a ser utilizados no pagamento de contas em restaurantes e lojas. Governos estudam usar a tecnologia em passaportes e outros documentos de identificação, para arquivar informações pessoais. A Monsanto desenvolve sementes equipadas com chips de RFID que transmitirão informações sobre as condições do clima e do solo onde foram plantadas.
A Booz Allen Hamilton também analisou as novas tendências da globalização e constatou a existência de uma nova onda de terceirização. Depois de repassarem para outros países serviços de tecnologia da informação e procedimentos internos de seus negócios, as companhias começam a terceirizar seus departamentos de pesquisa e desenvolvimento, especialmente a criação de softwares.
A China e a Índia devem abrigar 77% dos novos laboratórios a ser criados no mundo até 2008. Um dos motivos é bastante conhecido: os custos baixos da mão-de-obra qualificada desses dois países em relação aos centros industrializados, diferença que, porém, começa a cair significativamente. Outros fatores começam a levar as atividades de pesquisa das corporações para o mercado chinês e o indiano. Um laboratório nesses mercados emergentes pode, por exemplo, ser instalado a pouca distância das fábricas que produzem os equipamentos saídos de suas pranchetas. É vantajoso também criar departamentos de pesquisa em mercados que crescem acentuadamente. As empresas ficam mais sintonizadas com as preferências desse consumidor. A nova onda de terceirização promete elevar-se muito. Dos gastos globais de US$ 750 bilhões por ano com serviços de engenharia e design, apenas US$ 15 bilhões são terceirizados. Até 2020, esse valor deve ser multiplicado no mínimo por dez.
4.6.07
Conflitos
Não colecione conflitos
Por Simon Franco* - Fonte: Desconhecida
Os conflitos entre profissionais dentro de uma organização tornam-se, com muita freqüência, problemas pessoais. A relação azeda e todos perdem com isso: os envolvidos, os colegas da equipe e a própria empresa. Muitas vezes, é difícil saber como as pessoas viram quase inimigas. Parece não haver um fato determinante, mas uma soma de coisas pequenas e pouco importantes que acabam se resumindo num peremptório "não vou com a cara dele".
Para crescer na organização e na vida profissional, é aconselhável não colecionar conflitos desse tipo nem se tornar um encrenqueiro. Obviamente, disputas e diferenças profissionais existem. Mas elas devem se resolver no campo do profissionalismo, sem virar tensão permanente. Uma metáfora criada pelo Arbinger Institute, no livro Leadership and Self-Deception (Liderança e Auto-Engano), pode ajudar a entender esses conflitos. É a metáfora da balança das relações.
O "encrenqueiro" sempre apresenta argumentação lógica em favor de sua posição e contra os outros. Isso acontece por causa de um mecanismo de autojustificação que pode cegar o bom senso. Será que você já não foi vítima desse mecanismo? Veja como ele funciona e pense em suas próprias atitudes.
Considere um casal que, às 2 da manhã, ouve o filho chorar. O homem pensa: "Trabalhei o dia inteiro, estou cansado e cheio de problemas. Não vou levantar. Minha mulher certamente vai fazer isso". A mulher também não se levanta, pois pensa: "Trabalhei o dia inteiro, estou cansada e tenho que cuidar de tudo nesta casa. Meu marido vai se tocar". Resultado: a situação acaba em briga.
Cada um coloca todas as avaliações positivas sobre si mesmo num prato da balança da relação. No outro prato, ficam os atributos negativos do outro. Trata-se de um mecanismo quase natural de encontrar todas as justificativas possíveis para as próprias ações e negar justificação para as ações alheias. Isso vira uma espiral que vai engolindo a relação. Todos têm a sua razão, mas ninguém tem razão. E aí, por qualquer motivo, todas as razões de um lado e de outro da balança entram em ação, pois a mágoa e a incompreensão têm um terrível poder cumulativo.
Transporte essa metáfora para a vida profissional. Eu sempre posso encontrar motivos para justificar as coisas que faço ou deixo de fazer e motivos para criticar coisas que os outros fizeram ou deixaram de fazer. São motivos que fazem sentido para mim e que são suficientes para me deixar convicto de que estou certo. Certo e encrencado.
Essa é a gênese do encrenqueiro e a razão pela qual as pessoas mais tranqüilas do mundo podem, em determinados períodos da vida, ficar impossíveis. Todos nós estamos sujeitos à dinâmica da autojustificação.
O risco de ser vítima dela e de se tornar irascível é ainda maior para quem ocupa posição de chefia. Um chefe tende a acreditar que sua posição é garantia do acerto de suas opiniões e justificativas. Pode, com isso, tornar-se insuportável e perder a chance de ser um genuíno líder -- afinal, o líder é aquele que pensa com a cabeça de todos.
Pense nisso da próxima vez que for começar uma discussão qualquer. Pense um pouco com a cabeça dos outros, coloque honestamente em dúvida tudo o que pode justificar sua própria posição. O resultado, no mínimo, será uma vida menos estressante e um ambiente de trabalho mais produtivo para todos.
*Simon Franco é presidente da TMP Worldwide para a América Latina e autor de Criando o Próprio Futuro e O Profissionauta.