29.10.07

Achei muito interessante o texto abaixo. Fico imaginando como não é difícil e não custa caro motivar as pessoas, mesmo aquelas que exercem a função mais simples dentro das corporações.

Como lidar com um trabalho miserável
Revista época Negócios - Edição 8 - Outubro de 2007

A inspiração do novo livro do consultor e escritor americano Patrick Lencioni são as memórias que guarda do pai, um vendedor que ia para o trabalho desgostoso e sem motivação. Um estado de espírito que atinge profissionais de todos os níveis em qualquer tipo de atividade, de caixas de supermercado a astros da NBA. Segundo levantamento recente do Instituto Gallup, 77% dos americanos detestam seu trabalho. The Three Signs of a Miserable Job ("Os três sinais de um trabalho miserável") aponta o culpado principal para esse sentimento: o chefe imediato dos entrevistados. Mesmo pessoas que são bem pagas e possuem atividades interessantes sofrem se não tiverem relações satisfatórias com os superiores. Lencioni usa no livro uma história de ficção para apresentar suas conclusões. Brian Bailey, recém-aposentado CEO de uma grande empresa, fica pasmo ao notar a ineficiência de uma pizzaria. Investe no negócio e, já no comando, tenta motivar os empregados. É quando descobre as três características de um "trabalho miserável":

- Anonimato - Qualquer profissional fica frustrado quando percebe que o superior tem pouco interesse em suas tarefas e sua vida.
- Irrelevância - Todos gostam de descobrir o impacto daquilo que fazem na vida de outras pessoas.
- Sem medida - A incapacidade de avaliar o progresso do próprio trabalho é outra fonte de insatisfação.

O clima melhora e a produtividade aumenta depois que Bailey passa a conhecer cada um de sua equipe, a mostrar como seus esforços afetam colegas e clientes e a sugerir maneiras para medir seu desempenho. Mais tarde, aplica os mesmos princípios em outros negócios, como uma rede de hotéis e uma cadeia de lojas de esporte.

O que fazer se seu chefe mostra desinteresse? Uma das saídas é lhe dizer quanto a opinião dele é importante para o seu desempenho. Outra é mostrar interesse pela vida do chefe, o que pode provocar um sentimento recíproco. Se nada mudar, a saída é procurar outro emprego, diz Lencioni, presidente da consultoria Table Group, que atende a empresas como a Southwest e entidades como a NBA.

Muitos executivos esquecem do início de suas carreiras, diz o consultor. Deixam de lembrar do tempo em que gostavam de ouvir perguntas dos chefes sobre seu trabalho e sobre suas vidas. A ironia é que, mais tarde, passam a manifestar a intenção de se aposentar para se dedicar a alguma atividade socialmente relevante. Não percebem que sua empresa oferece oportunidades imensas para influenciar a vida dos outros.

24.10.07

A internet ajuda na venda de livros

Quando li o artigo abaixo, que fala que a Internet beneficiou o mercado de livros impressos, a minha primeira reação foi de surpresa. Como isso aconteceu? Com o conhecimento disponível de graça (milhares de sites específicos, Google, E-Mule, Shareazza, etc), como a Internet ajudou na venda de livros? Por quê alguém ia pagar por alguma coisa que podemos achar de graça?!

Após refletir um pouco, comecei a analisar o meu comportamento. Antes da Internet, eu ficava sabendo sobre os lançamentos de novos títulos basicamente através de uma visita a livraria ou por uma resenha e/ou anúncio no caderno Ilustrada do Jornal Folha de São Paulo. Como não tenho amigos apreciadores de livros, as indicações eram raras, salvo quando estava na faculdade cursando algum curso de pós-graduação.

Com o advento da Internet tudo mudou. Visitando as livrarias virtuais, recebendo e-mails com lançamentos, participando de grupos de discussões e tendo acesso a artigos internacionais, fiquei sabendo e tive acesso não só aos lançamentos dos livros nacionais como internacionais (Viva a Amazon!). Hoje em dia, consigo também comprar livros que estão esgotados nas livrarias (Viva a Estante Virtual, um mega sebo de nova geração!). Qual a conseqüência disso? Compro muito mais livros hoje (mais do que consigo ler).

Agora, cuidado editoras e livrarias! Eu vim da geração do papel. Se um texto tem mais de três páginas, eu as imprimo para ler melhor. Gosto de rabiscar, anotar. Não gosto do monitor. Isso sou eu que tem mais de 30 anos. Conheço garotos, criados na era digital que pensam ao contrário. Preferem ler no monitor e detestam o papel. É para essa geração, os grandes compradores do amanhã, que as editoras e livrarias devem olhar. Acredito que, com o tempo, essa curva de crescimento da venda de livros impressos deva cair.

Surpresa! A internet beneficiou o mercado de livros
Fonte: Reuters22/10/2007

As previsões pessimistas de que a internet iria esmagar o setor de publicação de livros através dos leitores digitais e das vendas on-line de livros usados não se concretizaram.

A editora Penguin anunciou que a explosão no varejo on-line e nas vendas de livros usados não causou os prejuízos que ela havia previsto e que, de muitas maneiras, a internet acabou beneficiando as livrarias, funcionando como ferramenta de marketing, experimentação e aproximação com a próxima geração de leitores.

A editora, cujos autores incluem Alan Greenspan (ex-diretor do Federal Reserve), o romancista Nick Hornby e o chef Jamie Oliver, sentiu-se ameaçada pelas gigantescas casas de leilão on-line como a eBay, mas descobriu que, diferentemente do que acontece com a música, no caso dos livros as pessoas ainda querem os livros físicos.

"Muita coisa está acontecendo na indústria musical que não se repete no setor dos livros. Os consumidores não querem álbuns inteiros, apenas faixas. Mas querem livros inteiros, e não capítulos", disse a jornalistas esta semana o presidente e executivo-chefe da Penguin, John Makinson.

Ele disse que embora as vendas de livros usados, anunciados em sites de leilão on-line pouco após o lançamento dos títulos, ameacem as vendas das edições em capa dura e também das edições subseqüentes em capa mole, o impacto não tem sido tão grande quanto se previa.

Mídia eletrônica e negócios futuros – A editora Bloomsbury disse na semana passada que a mídia eletrônica é uma parte fundamental de seus negócios futuros, tanto que ela já fechou contratos de direitos com grupos como a Microsoft.

Na semana passada a Pearson, proprietária da Penguin, lançou o portal http://www.spinebreakers.co.uk, com resenhas de vídeo e audiolivros voltadas para adolescentes e administradas por eles.

"São nossos leitores no futuro", disse John Makinson, acrescentando que o Spinebreakers oferece insights estratégicos importantes sobre como os teens criam e compartilham informações sobre publicações na web.

Outro projeto da Penguin lançado este mês é um concurso de redação de romances, em conjunto com a Amazon e a Hewlett-Packard, que atraiu um manuscrito por minuto em seus primeiros dias. O vencedor, a ser escolhido pela Amazon no próximo ano, receberá um contrato de publicação e um adiantamento de 25 mil dólares.

22.10.07

Árvore de Negócios do Google

Segue abaixo a árvore de serviços oferecidos pelo Google. Fiquei impressionado como, uma empresa de apenas 10 anos, desenvolveu uma quantidade enorme de serviços.

Clique na imagem para vê-la em tamanho maior no site da revista Época Negócios.

19.10.07

Reflexões 22

"Uma marca forte só existe quando há muitos elementos bem encaixados: pessoas competentes, logística, distribuição, comunicação, desenvolvimento de produto, serviço ao cliente, relações com fornecedores.... A marca emerge da interação entre todas essas coisas. É impossível ter marca forte sem os encaixes adequados entre os elementos que a compõem".
Clemente Nóbrega, consultor e escritor.

11.10.07

Repensando as Lojas de Conveniência

A maioria dos nossos postos de gasolinas são sub-aproveitados. As locadoras de vídeos, quem têm um futuro negro com a popularização da banda larga e consequentemente dos vídeos online, têm a possibilidade de se reiventarem.


Leiam o texto abaixo e entendam melhor o que estou falando.




A DESCOBERTA DAS LOJAS DE CONVENIÊNCIA
Fonte: Landmarketing - 03/11/2007

Além das grandes redes de supermercados, além da Casa do Pão de Queijo, além das iniciativas tímidas dos proprietários dos postos de gasolina do início do processo, e além até mesmo das iniciativas das redes de lojas de conveniência ligadas às bandeiras dos postos, muitos e muitos outros negócios estão com a atenção voltada para essa modalidade de varejo.

No início a suposição era a de que enquanto espera abastecer seu carro ou a troca do óleo, o proprietário do veículo aproveita para compras de última hora como sabonetes, refrigerantes, desodorantes, e um saquinho de biscoito que abre ali mesmo e vai tapeando a fome. Depois vieram os cafés, os pães de queijo, os sanduíches, e outros produtos passaram a fazer parte desses pontos-de-venda incluindo livros, revistas, sorvetes, gelo, e muito mais. Dependendo da localização, e da política de preços adotada, essas lojas começaram a atrair os “pedestres”, pessoas que passavam a pé pelos postos por diferentes razões, mais toda a vizinhança que muitas vezes preferia aproveitar-se do movimento de pessoas e automóveis natural dos postos, sentar numa mesinha, ler um jornal, tomar um café...

Hoje as LOJAS DE CONVENIÊNCIA converteram-se numa verdadeira instituição do varejo em nosso país. E assim, todos estão correndo atrás. E os donos dos postos, por sua vez, estão reduzindo o espaço destinado aos carros, abastecimento, calibragem, troca de óleo, lavagem rápida, em benefício de mais espaços para a comercialização dos bens de conveniência, num entendimento mais que estendido.

Agora quem anuncia seus planos de invadir esse território, quer como principal, quer como complementar, quer como anexo, é a rede de lavanderias 5àSec. Até o final de 2008, e em contrato firmado com a rede IPIRANGA, abrirá 78 lojas nos postos de gasolina dessa bandeira. Segue, de certa forma, a iniciativa pioneira do BOB'S que já possui 45 de suas lanchonetes instaladas em 45 postos de gasolina no Rio de Janeiro. Até mesmo a rede SPOLETO de massas já tem uma primeira experiência bem-sucedida e pretende multiplicar essa experiência em outros postos e nos próximos anos.

O Brasil possui um total de 34 mil postos de gasolina, hoje, e 5 mil lojas de conveniências nesses postos, ou seja, ocupa 14% do total de postos. Falando ao DCI, FRANCISCO LABRADOR PEREIRA, coordenador da comissão de lojas de conveniência do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificação, o SINDICOM, disse, “A conveniência nos postos atrai grande fluxo de pessoas e as lojas buscam esse nicho. A meta é que as lojas de conveniência passem a ocupar 20% dos postos já existentes até 2008”. Ou seja, a revolução no território e em todos os próximos meses só tende a se acelerar.

9.10.07

Missão e Visão 3ª Parte

Diferenças entre Missão e Visão
- A visão é onde e como a organização espera estar no futuro, a missão é a justificativa da existência da empresa para a sociedade;
- De forma resumida, a Missão constitui o ramo do negócio enquanto a Visão constitui o futuro deste negócio;
- Apesar de suas diferenças, o importante sobre missões e visões consiste em que são fatores capazes de determinar quais atividades se encaixam e quais não se encaixam na orientação estratégica da organização.

Mais importante do que definir corretamente o que é Visão e Missão é a corporação estabelecer um PROPÓSITO claro e objetivo que permeie em toda operação!

Bibliografia
- Chiavenato, Idalberto & Sapiro, Arão – Planejamento Estratégico – Campus, 2004
- Hamel, G. & Prahalad, C.K. – Competindo pelo futuro, Campus, 2005
- Mintzberg, Ahlstrand & Lampel – Safári de Estratégia – Bookman, Porto Alegre, 2000

4.10.07

Missão e Visão 2ª Parte

Definição de Visão:
- A visão é uma aspiração;
- Um ideal que queremos alcançar;
- É a nossa grande aspiração enquanto organização;
- Projeção de oportunidades futuras;
- Onde a empresa quer chegar.

A missão tem que responder a seguinte pergunta:
Qual a realização singular da empresa a longo prazo?

Exemplos de Visão:
- Avon - “Ser a empresa que melhor entende e satisfaz globalmente as necessidades de produto, serviço e auto-realização da mulher.”
- Rhodia - “Criar uma empresa líder onde as pessoas tenham orgulho e prazer de trabalhar.”
- Sony - “Experimentar o prazer de avançar e aplicar tecnologia para o benefício das pessoas.”
- 3M - "Ser reconhecida como uma empresa inovadora e a melhor fornecedora de produtos e serviços que atendam ou excedam às expectativas dos clientes."
- Itaú - "Ser o banco líder em performance, reconhecimento sólido e confiável, destacando-se pelo uso agressivo do marketing, tecnologia avançada e por equipes capacitadas, comprometidas com a qualidade total e a satisfação dos clientes."

2.10.07

Missão e Visão 1ª parte

Muitas pessoas confundem o conceito de Missão e Visão. Nessa e nas próximas postagens me dedicarei a abordar sobre esses conceitos. Mas por quê isto é importante? Acredito que a Missão e Visão são ferramentas importantes para se criar um Propósito para as corporações.

Conforme o consultor Nikos Mourkogiannis "Propósito é o motor moral de uma companhia, a fonte da sua energia. Sem essa diretriz as empresas são incapazes de triunfar no longo prazo, de mobilizar lealdades, de atingir real grandeza. Podem ter lucros, podem dar certo por algum tempo, mas, destituídas de norte, perdem-se e declinam”.(Ver post Muito Além dos Balanços)

Definição de Missão:
- A missão é o propósito, a razão de ser de uma organização;
- É ao mesmo tempo um direcionador e um balizador claro dos procedimentos na organização;
- Ela define, com razoável precisão, a forma da empresa fazer as coisas na organização;
- Uma boa missão sintetiza o nosso modelo de negócios.

A missão tem que responder a seguinte pergunta:
Como a empresa irá competir para gerar valor para os clientes e demais stakeholders?

Componentes da Missão:


Exemplos de Missão:
- Citibank - "Oferecer qualquer serviço financeiro em qualquer país, onde for possível fazê-lo de forma legal e rentável”.
- McDonald's - "Servir alimentos de qualidade com rapidez e simpatia, num ambiente limpo e agradável”.
- Localiza National - "Oferecer soluções de transporte, através do aluguel de carros, buscando a excelência”.(1989)
- Fiat - “Produzir automóveis que as pessoas desejam comprar e tenham orgulho de possuir”.
- 3M - “Solucionar problemas não solucionados de maneira inovadora.”
- Natura - “Nossa razão de ser é criar e comercializar produtos e serviços que promovam o Bem-Estar/Estar Bem”.
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