Gostei dessa comparação entre relações trabalhistas hoje com os relacionamentos amorosos. O trecho baixo foi extraído do bom livro A Arte da Vida do polonês Zygmunt Bauman.
Niels Akerstrom, professor da Copenhagen Business School compara a atual situação do empregado de uma organização à do cônjuge num casamento contemporâneo ou de um casal vivendo junto. Em ambos os casos, um estado de emergência (um estado que exige a mobilização de todos os recursos, tanto racionais quanto emocionais) tende a ser a norma, não a exceção. Em ambos os casos, a pessoa "está sempre em dúvida sobre o quanto é amada ou não ... Anseia-se por confirmação e reconhecimento da mesma forma que ocorre no casamento ... [A] questão de ser ou não parte de alguma coisa orienta o comportamento do empregado como individuo." "O código do amor", acredita Akerstrom, orienta a estratégia do "novo tipo" de organização. E assim não há um contrato de trabalho por escrito (tal como não há um acordo verbal de coabitação entre os amantes) que seja estabelecido para sempre, "para o bem ou para o mal" e "até que a morte nos separe". Os parceiros são mantidos perpetuamente in statu nascendi, incertos quanto ao futuro, precisando constantemente provar de modo cada vez mais convincente que "ganharam" e "merecem" a simpatia e lealdade do chefe ou parceiro. "Ser amado" nunca é "suficientemente" obtido e confirmado, continua sendo eternamente condicional - a condição sendo um suprimento constante de evidências sempre renovadas da capacidade de realizar, ter sucesso, estar sempre "um passo a frente dos atuais ou potenciais competidores. O trabalho nunca acaba, tal como as estipulações de amor e reconhecimento nunca são totais e incondicionais. Não há tempo para deitar sobre os louros: estes, como se sabe, murcham e definham com o tempo, os êxitos tendem a ser esquecidos um instante depois de terem sido obtidos, a vida numa empresa é uma infinita sucessão de emergências... É uma vida excitante e exaustiva: excitante para os aventureiros, exaustiva para os fracos de espírito.
30.11.09
27.11.09
A vida como banquete
A reflexão abaixo vai especialmente para os meu alunos da Uniminas:
Imagine sua vida como se fosse um banquete onde você deve se comportar com cortesia. Quando os pratos lhe forem passados, estenda a mão e sirva-se de uma porção moderada. Se algum prato não lhe for apresentado, aproveite o que já está no seu. Ou se o prato ainda não chegou a você, espere pacientemente a sua vez. Transfira essa mesma atitude de comedimento e gratidão cortês aos seus filhos, esposa, carreira e finanças. Não há necessidade de cobiçar, invejar e apoderar-se. Você vai ganhar sua porção correta quando chegar a hora.
Texto escrito pelo filósofo Epicteto, um velho que viveu a maior parte da sua vida como escravo romano e se tornou num dos fundadores da escola estóica de filosofia. Epicteto viveu entre 55 d. C., em Heliópolis (Frigia, atual Turquia) e morreu em 135 d. C., Nicópolis (Grécia).
25.11.09
Marketing com celebridades
Segue link para uma entrevista feita pela equipe da universidade norte-americana Warthon School com Ana Rumschisky, professora de marketing da Escola de Negócios IE. Ela mostrou, através de uma pesquisa, que a utilização de celebridades em anúncios tem relação direta sobre o retorno do investimento feito. Entre outras razões, porque o público está disposto a pagar até 20% a mais por um mesmo item em função de quem o anuncia.
O personagem famoso ajuda a criar e a manter a atenção do consumidor na peça publicitária. Ele melhora a transmissão da mensagem, porque atravessa o “ruído” do processo de comunicação. O personagem famoso traz consigo um significado que confere clareza à mensagem e ao produto anunciado e, supostamente, economiza o tempo do anunciante na hora de passar a mensagem para o consumidor.
A escolha certa do famoso vai depender, em primeiro lugar, da existência de uma afinidade entre ele e a marca que anuncia. Isto será fundamental para que a estratégia funcione.
A pesquisa concluiu que o famoso pode elevar o preço do produto que anuncia quando se trata de produtos para presentear e que têm boa aceitação entre os jovens estudantes universitários.
23.11.09
20.11.09
Os Prazeres e Desprazeres do Trabalho
Gosto muito do trabalho do escritor filósofo Alain de Botton. Um dos melhores livros que li no ano passado foi Desejo de Status escrito por ele.
No Brasil em outubro foi lançado o livro Os Prazeres e Desprazeres do Trabalho do mesmo autor. Corri imediatamente para a internet para comprar. Devorei o livro e no final, achei um bom entretenimento. Vocês verão na sinopse abaixo, que o autor fala sobre o tema trabalho. O mérito do autor foi fazer algumas reflexões sobre esse tema tão presente no nosso dia-a-dia, nos fazendo olhar por alguns ângulos via o prisma da filosofia e da arte. Sabe quando você passa pela mesma rua todos os dias e já não repara mais em nada? Alain de Botton nos mostra alguns detalhes interessantes e peculiares quando percorremos a “rua do trabalho”. Sem muita profundidade, mas uma leitura extremamente agradável.
Recomendo o livro como entretenimento.
Abaixo, transcrevo a sinopse da obra:
Após se dedicar a temas como viagens e arquitetura, o filósofo e escritor suíço Alain de Botton propõe, em Os prazeres e desprazeres do trabalho, uma profunda – e inédita – reflexão sobre o dia a dia de trabalhadores, tentando compreender por que escolheram suas profissões, que alegrias e angústias obtêm delas e o que elas dizem sobre suas personalidades. Boa parte de nosso tempo é gasta no trabalho, uma atividade tão trivial que acaba não recebendo sua devida atenção. Para investigar esse universo e fazer jus ao que há de belo e de amargo nele, Botton decidiu fazer um passeio por ambientes – de uma fábrica de biscoitos a uma inusitada feira de peças para aviões, entre outros espaços. Assim, em dez capítulos, que podem ser lidos como reportagens, relatos de viagens ou ensaios filosóficos, traça um painel tão duro quanto comovente do trabalho.
16.11.09
MBA Uniminas
Caros leitores, hoje começa as aulas da II Turma de Especialização em Comunicação e Marketing. Quem tiver ainda interessa, dá tempo.
Hoje o MBA começa com a matéria Planejamento Estratégico. Eu ministrarei as aulas. O material que elaborei está muito bacana.
Abaixo, mais informações dessa pós-graduação:
Especialização em Comunicação Empresarial e Marketing - Turma II
Objetivos Proporcionar ao participante, conhecimento teórico e prático, envolvendo os campos da Administração, da Comunicação Social e do Marketing para atender às demandas do mercado contemporâneo, voltadas às funções gerenciais, diretivas e de coordenação no campo da Comunicação e Marketing.
Público-Alvo Todos os profissionais de nível superior que pretendam desenvolver seus conhecimentos na área de Comunicação e Marketing e que sentem necessidade de embasamento teórico para a prática de suas atividades e que possa intervir nas organizações onde atuam.
Hoje o MBA começa com a matéria Planejamento Estratégico. Eu ministrarei as aulas. O material que elaborei está muito bacana.
Abaixo, mais informações dessa pós-graduação:
Especialização em Comunicação Empresarial e Marketing - Turma II
Objetivos Proporcionar ao participante, conhecimento teórico e prático, envolvendo os campos da Administração, da Comunicação Social e do Marketing para atender às demandas do mercado contemporâneo, voltadas às funções gerenciais, diretivas e de coordenação no campo da Comunicação e Marketing.
Público-Alvo Todos os profissionais de nível superior que pretendam desenvolver seus conhecimentos na área de Comunicação e Marketing e que sentem necessidade de embasamento teórico para a prática de suas atividades e que possa intervir nas organizações onde atuam.
As 100 marcas mais valiosas do mundo
Recentemente a Interbrand divulgou a atualização do ranking das 100 marcas mais valiosas do mundo.
Se quiser ver a metodologia, o histórico de rankings e várias análises interessantes feitas pela consultoria, basta clickar AQUI.Segue abaixo o valor (em milhões de dólares) das 10 marcas mais valiosas no ranking atual:
1- Coca-Cola ($68.7)
2- IBM ($60.2)
3- Microsoft ($56.6)
4- GE ($47.8)
5- Nokia ($34.9)
6- McDonalds ($32.3)
7- Google ($32)
8- Toyota ($31.3)
9- Intel ($30.6)
10- Disney ($28.4)
13.11.09
Indicação de leitura
Nas minhas folgas li o livro A Arte da Vida do polonês Zygmunt Bauman. A obra não é sobre o mundo dos negócios. Não fala sobre marketing, estratégia, gestão ou organizações. Mas a obra indiretamente passa um monte de insights que podem ser transportados para o mundo do management. O autor fala muito sobre a busca do indivíduo pela felicidade e como ele é influenciado, ou melhor, moldado pela sociedade.
Cada dia mais eu chego à conclusão de que, se você quiser saber como o mundo dos negócios funciona e como obter sucesso, busque menos nos livros de negócios e sim nos livros de história, sociologia, filosofia e psicologia. Se quiser começar pela A Arte da Vida, vale a pena.
Segue a sinopse do livro:
O que há de errado com a felicidade? A pergunta pode desconcertar – e é essa a intenção de Zygmunt Bauman. Um dos mais originais e influentes pensadores em atividade, Bauman reflete, neste novo livro, sobre os parâmetros que norteiam nossa busca pela felicidade – busca que, muitos concordarão, preenche a maior parte de nossas vidas.Na sociedade atual, somos levados a acreditar que o propósito da arte da vida pode e deve ser a felicidade, embora não seja claro o que ela é. A imagem de um estado de felicidade muda constantemente e permanece como algo ainda a ser atingido.
Espera-se, acertadamente ou não, que todos nós daremos sentido e forma às nossas vidas usando nossos próprios recursos, mesmo se não tivermos as ferramentas mais adequadas. E somos elogiados ou censurados pelos resultados, o que alcançamos ou deixamos de alcançar.
A arte da vida não é um catálogo de opções de vida nem um guia prático. O que se espera para a vida e como alcançá-lo são, necessariamente, uma responsabilidade individual. Esse livro é antes uma exposição brilhante das condições sob as quais escolhemos nossos projetos de vida, das limitações que podem ser impostas a essas escolhas e do entrelaçamento de planejamento, casualidade e caráter que molda sua implementação. Não menos importante, esse é também um estudo de como nossa sociedade – a sociedade moderna de consumidores, líquida e individualizada – influencia a forma como construímos e narramos nossas trajetórias.
11.11.09
Que exemplo 2
Mais um vídeo do malauiano William Kamkwamba.
Foi lançado um livro nos EUA contando essa história. Para saber um pouco clique AQUI.
Foi lançado um livro nos EUA contando essa história. Para saber um pouco clique AQUI.
9.11.09
Que exemplo
Veja que caso emocionante do malauiano William Kamkwamba, que aos 14 anos construiu para a sua família um moinho gerador de eletricidade usando peças de ferro velho e seguindo um livro que encontrou na biblioteca.
Isso que é superação das adversidades.
O vídeo tem legenda em portugês. Basta acioná-la.
Isso que é superação das adversidades.
O vídeo tem legenda em portugês. Basta acioná-la.
Quarta postarei outro vídeo sobre esse assunto.
Frase interessante
6.11.09
Um homem com determinação
Esse blog sempre abordou assuntos relativos ao mundo dos negócios, com uma pitada de humor. Hoje vou falar sobre um livro bem interessante que li chamado As Vidas de Chico Xavier. A princípio esse livro, que trata da vida do médium espírita Chico Xavier, nada tem a ver com negócios. Bom, isso é verdade por isso gostaria de destacar apenas um aspecto do protagonista dessa obra.
Eu não sou espírita e não tenho nada contra essa e todas as outras religiões sérias. Quando li esse livro, fui movido pela curiosidade. Como alguém como Chico Xavier, nascido pobre, sem uma boa educação escolar, se tornou uma figura internacionalmente conhecida? Como esse ser humano simples conseguiu realizar tantas obras de caridade ajudando milhares de pessoas? Aí que a vida de Chico Xavier concilia com o mundo do Management. Ele foi movido por uma determinação incorruptível. Nos momentos em que ele foi execrado ou glorificado pela opinião pública, ele se manteve constante aos seus princípios. Não reagiu conforme a maré. Buscou durante sua vida aprender. Ser uma pessoa com menos defeito. Não cometer os mesmos erros. Melhorar e se aperfeiçoar sempre, dentro de uma linha de caráter inegociável.
Bom, será que não são essas atitudes que devem ser adotados pelos executivos e pelas empresas hoje em dia? Fica aqui a pergunta.
Trabalho significativo
4.11.09
Marcas, Segurança e Liberdade 2
Ainda referente ao post do dia 30/10 (Marcas, Segurança e Liberdade) trascrevo a seguir o trecho do livro A Arte da Vida do polonês Zygmunt Bauman. Ele fala um pouco mais sobre marca e o nosso desejo de segurança.
"A menos que você descubra uma marca, uma logo, uma loja em que possa confiar, você fica confuso e pode estar perdido. Marcas, logos, lojas são os poucos refúgios seguros remanescentes em meio as terríveis correntezas que ameaçam sua segurança; os poucos refúgios da certeza num mundo inquietantemente incerto. Por outro lado, contudo, se você investisse sua confiança numa marca, numa logo ou numa loja, teria hipotecado seu futuro. Os certificados de curto prazo de "ser in" ou "estar na moda" só continuarão a ser emitidos enquanto você mantiver seu investimento. E as pessoas por trás da marca, da logo ou da loja providenciarão para que o prazo de validade dos certificados recé-emitidos não seja maior que o dos antigos, se não for ainda menor".
"A menos que você descubra uma marca, uma logo, uma loja em que possa confiar, você fica confuso e pode estar perdido. Marcas, logos, lojas são os poucos refúgios seguros remanescentes em meio as terríveis correntezas que ameaçam sua segurança; os poucos refúgios da certeza num mundo inquietantemente incerto. Por outro lado, contudo, se você investisse sua confiança numa marca, numa logo ou numa loja, teria hipotecado seu futuro. Os certificados de curto prazo de "ser in" ou "estar na moda" só continuarão a ser emitidos enquanto você mantiver seu investimento. E as pessoas por trás da marca, da logo ou da loja providenciarão para que o prazo de validade dos certificados recé-emitidos não seja maior que o dos antigos, se não for ainda menor".
2.11.09
Lei da diversão
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